Joaquim Lopes na pele de Enrico em Império. Crédito: Reprodução/TV Globo Não é nada fácil encarnar o personagem homofóbico Enrico na novela Império, garantiu
Redação Publicado em 27/10/2014, às 16h01
Não é nada fácil encarnar o personagem homofóbico Enrico na novela Império, garantiu Joaquim Lopes. O ator tem alavancado a audiência da novela com seus escândalos, mas confessou em entrevista ao jornal Extra que sofre as consequências da dureza das cenas e chegou até a ter uma crise de choro.
“São cenas com uma energia muito pesada. A homofobia, a briga com o pai e esse rompimento com a família são situações que exigem muito física e emocionalmente. Quando gravei a cena em que o Enrico bate no travesti, tive uma crise de choro. Foi uma catarse, porque estava numa sequência pesada. Serviu para botar para fora a energia acumulada da semana. Depois ficou tudo bem”, contou o ator.
Joaquim admitiu que não existe qualquer razão que justifique o comportamento do personagem. “Não tem como defender. Ele é imaturo, despreparado para a vida, tem questões mal resolvidas na cabeça, sejam sexuais ou familiares. Mas levei muito mais para a coisa da mentira, para a descoberta da traição, quando ele fica sabendo que o pai é gay. A homofobia é um agravante para isso tudo. Tem que respeitar as escolhas do outro. Acho que as pessoas que se revoltam se reconhecem. Rola um pouco de hipocrisia”, avaliou ele.
Sobre o assédio da ala masculina nas ruas, Lopes disse que encara com bom humor. “Estava numa balada e chegou um cara para me xavecar. Falei: ‘não sou gay, sou hétero, mas pode deixar que o dia em que eu virar você vai ser o primeiro para quem vou ligar’. Nunca tive atração por homens, mas respeito pra caramba. O desejo das pessoas é algo muito particular. A gente não pode se meter”, comentou.