Às vésperas do Dia dos Pais, um hábito frequentemente passado de pai para filho se destaca entre os gamers
Redação Publicado em 06/08/2020, às 23h07
Às vésperas do Dia dos Pais, um hábito frequentemente passado de pai para filho se destaca entre os gamers.
Magic: The Gathering (MTG), o mais tradicional trading card game do mundo, reúne uma série de exemplos de como a paixão por um jogo pode atravessar gerações e se tornar mais um motivo para reunir a família e se divertir junto.
Seja em partidas casuais, online ou até mesmo em campeonatos, o importante é montar um deck prazeroso de se jogar (e poderoso), compartilhar algumas horas juntos e ter muita história para contar.
Rafael Gerrardo, de 36 anos, é pai de Rafael Pinho, de 9, e conta como a paternidade também o ajudou a resgatar o gosto pelo MTG.
“É mais um laço que conseguimos criar fazendo algo que achamos divertido. Conversar sobre o jogo e suas estratégias é bem interessante e está sendo uma ótima oportunidade para voltar a jogar com frequência, conhecer os novos cards e mecânicas”, disse.
Já Vinicius Anastácio comprova que o gosto por MTG também pode fazer o caminho inverso. O jovem jogador aproveitou uma visita ao pai, Adolfo Anastácio, com quem já jogava boardgames, para apresentá-lo ao Magic: The Gathering.
“O game nos proporciona momentos em família e só nossos. Com certeza, o MTG nos uniu muito mais”, afirmou.
A parceria deu tão certo que, além de jogarem amigavelmente, Adolfo, Vinícius e seu irmão caçula Lucas já competiram até em torneios. “Você quer jogar e ganhar, não importa ali se é pai ou filho, mas é uma competição saudável e prazerosa, ainda mais realizada em família”, disse Lucas Anastácio.
Há ainda quem consiga conciliar a profissão, o hobby e o momento familiar. João Paulo Menezes, 39 anos, é sócio da loja Bolsa do Infinito, no Rio de Janeiro e, buscando estreitar mais os laços e passar mais tempo com o filho, introduziu João Pedro, de 19, ao Magic: The Gathering.
“Nunca o forcei a jogar, mas como bom nerd ‘oldschool’, mostrei a ele o que existia no meu universo e ele gostou. Essa tentativa de aproximação ocorreu quando ele era bem pequeno e foi simples. Bastou contato visual e físico com as cartas, sem referências discursivas”, afirmou Menezes.
João Pedro não nega que foi “amor à primeira carta” e que adora a arte e a história do universo do game, mas confessa sobre o principal motivo que fez começar no MTG “Eu queria passar mais tempo com meu pai. E foi neste momento que eu descobri que gostava do jogo em si, principalmente do formato Commander”, ressaltou.
COLUNISTAS