FAMOSOS

Wesley Safadão pede perdão por "furar" a fila da vacina: "Fui mal orientado"

Wesley Safadão, sua esposa e assistente foram investigados sobre vacinação irregular contra covid-19

Wesley Safadão recebendo a dose da vacina - Foto: Reprodução / Instagram @wesleysafadao
Wesley Safadão recebendo a dose da vacina - Foto: Reprodução / Instagram @wesleysafadao

Redação Publicado em 29/10/2021, às 11h56

O cantor Wesley Safadão usou seu perfil no Instagram durante a manhã desta sexta-feira (29/10) para comentar sobre o motivo de não ter feito um acordo proposto pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) para que a investigação sobre a irregularidade da vacinação dele, de sua esposa, Thyane Dantas, e da assessora Sabrina Tavares, não prosseguisse.

O artista, sua mulher e a assessora não aceitaram fazer um pagamento de uma multa, cujo valor seria destinado para uma organização social, como um tipo de pena por terem furado a vila da vacinação contra covid-19. Segundo Wesley, o acordo teria um valor desproporcional ao que um cidadão comum na mesma situação pegaria.

"Ontem tivemos mais um capítulo da história da vacina, tivemos uma reunião ontem pela manhã, com Ministério Público e infelizmente não chegamos a um acordo por dois motivos. Primeiro, queriam que eu me declarasse culpado, segundo, queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor", declarou o cantor.

O que saiu na imprensa, é que quando eu soube que esse valor seria para doação para instituições, eu me neguei porque eu não queria fazer doação. Isso é mentira, um grande absurdo. Não me neguei em nenhum momento a fazer doação até porque eu sempre fiz, e não faço só doação para minha cidade e durante a pandemia foi uma das coisas que eu mais fiz.

Faço de coração, com maior prazer, quem me acompanha sabe das minhas ações sociais, durante a pandemia foram doados respiradores, toneladas de alimentos, milhares de famílias que demos suporte", prosseguiu.

Safadão chegou a negar que tenha "furado" a fila da vacina e comentou que foi apenas mal orientado. "Quero deixar bem claro, que em nenhum momento furei fila, apenas tomei a vacina em outro lugar porque me orientaram dessa maneira, devido à lotação do meu lugar de origem. Sempre fui muito transparente com meu público, até demais!", disse.

Se eu achasse que estava fazendo algo errado, ou cometendo um crime, vocês acham mesmo que eu publicaria (no Instagram)? Claro, que fico muito triste com tudo isso, sei que errei, quem me conhece sabe meu coração e volto a dizer: Jamais faria algo assim se soubesse que era errado.

Em seguida, pediu desculpas: "Peço perdão à população da minha cidade, do meu país, hoje realmente vi que fui mal assessorado sobre me vacinar em outro local, me disseram que não tinha nenhum problema essa mudança e eu acreditei. Realmente fui mal orientado. Sei que errei e quero ser tratado como um cidadão e não da forma como estão querendo me tratar", completou.

Wesley Safadão pede desculpas por vacinação irregular - Foto: Reprodução/Instagram
Wesley Safadão pede desculpas por vacinação irregular - Foto: Reprodução/Instagram

 

Wesley Safadão pede desculpas por vacinação irregular - Foto: Reprodução/Instagram
Wesley Safadão pede desculpas por vacinação irregular - Foto: Reprodução/Instagram

 

Entenda o caso

Wesley, Thyane e Sabrina prestaram depoimento na Delegacia de Combate à Corrupção de Fortaleza, no Ceará, onde tudo aconteceu. Os três foram indiciados pela vacinação irregular. 

Thyane está sendo investigada por ter se vacinado fora da faixa etária que estava vigente na época: em 8 de julho de 2021, ela tinha 30 anos; o calendário municipal indicava a aplicação em pessoas com 32 anos ou mais. Wesley e Sabrina teriam se vacinado em um local diferente do que havia sido agendado para os dois, o Centro de Eventos do Ceará. Eles compareceram ao mesmo posto onde Thyane foi imunizado com uma dose da Janssen.

Na ocasião, a assessoria do casal afirmou que Thyane recebeu uma dose da "xepa" (sobra do dia) da vacina. No entanto, a prefeitura de Fortaleza desmentiu a informação, já que o trio se vacinou no período da manhã, e a "xepa" só era disponibilizada no fim do turno. O MPCE (Ministério Público do Estado do Ceará) passou a desconfiar que eles haviam se dirigido àquele posto de vacinação específico para escolher a vacina que gostariam de tomar, e abriu uma investigação.