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Selma Blair diz em documentário que seus médicos a instruíram a preparar a própria morte

Selma Blair foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2018

Selma Blair faz tratamento contra esclerose múltipla, diagnosticada em 2018 - Foto: Reprodução / Youtube / Discovery Originals
Selma Blair faz tratamento contra esclerose múltipla, diagnosticada em 2018 - Foto: Reprodução / Youtube / Discovery Originals

Redação Publicado em 12/08/2021, às 17h14

Selma Blair emplacou diversos sucessos no cinema, atuando em produções como Segundas Intenções (1999) e Legalmente Loira (2003). Agora, ela é a protagonista de um documentário sobre sua vida, onde mostra a sua luta contra a esclerose múltipla, diagnosticada em 2018.

Em entrevista para a Vanity Fair norte-americana, Selma disse que esse é o primeiro "papel real" que mostra em frente às câmeras. "Tive a convicção de pensar que tinha algo a compartilhar. Você continua abrindo janelas ou fechando portas e encontrando ferramentas. Espero que minha vidinha dê a alguém que precisa alguma esperança ou uma risada, ou mais consciência de nós mesmos", explicou.

"Espero que o filme mostre que a esclerose múltipla varia. Que os pontos fortes e fracos das pessoas variam. Todos as emoções da vida também tornam a cura variável. Para todos nós", prosseguiu a atriz.

O filme, que se chama Introducing, Selma Blair (ainda sem previsão de estreia no Brasil), mostrará a "jornada de aceitação pessoal e de resiliência" da atriz desde o diagnóstico da doença, até o doloroso tratamento ao qual se submeteu para combatê-la.

"O filme explora questões complexas que vão desde a dissecação de mitos arraigados sobre a beleza e o medo coletivo em torno da deficiência e da mortalidade. Completo com sua sagacidade e humor característicos, o filme segue Blair enquanto ela reconcilia uma jornada de transição monumental", diz a descrição da produção.

Em 2019, Selma passou por um transplante de células-tronco para tentar conter o avanço da esclerose múltipla, tratamento que recebeu atenção no documentário. "As opções se esgotaram. Um transplante de células-tronco é o que mais me ajudará", diz ela em um trecho da obra.

A revista lembrou que, para se submeter a esse tratamento, ela precisou parar de tomar os medicamentos e passar pela quimioterapia, processo que foi integralmente filmado por ela com supervisão da diretora Rachel Fleit.

Disseram-me para fazer planos para morrer. Não porque eu tenho esclerose múltipla, porque estou lutando contra a esclerose múltipla.

O documentário estreou no SXSW Film Festival e ganhou o Prêmio Especial do Júri por Intimidade Excepcional em Cotação de Histórias, na Competição de Longa-metragem Documental.

Também para a Vanity Fair, a diretora do filme disse que Selma se sentiu "como uma atriz coadjuvante" em sua própria história. "Mas ela se torna uma protagonista. Ela encontra um propósito totalmente novo em sua vida; ela se abraça totalmente. Agora ela inspira milhões. Ela tem uma plataforma enorme nas redes sociais. Nós vemos isso (no filme) tão claramente -- ela apenas uma estrela assim", notou Rachel.