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Martinho da Vila diz não ser a favor de lives durante a quarentena: "Não gosto"

Cantor conversou com a Quem e revelou como tem passado a quarantena

Martinho da Vila disse que usou o tempo da quarentena para poder produzir músicas e até escreveu um livro de contos - Foto: Reprodução / Instagram@martinhodavilaoficial
Martinho da Vila disse que usou o tempo da quarentena para poder produzir músicas e até escreveu um livro de contos - Foto: Reprodução / Instagram@martinhodavilaoficial

Redação Publicado em 23/11/2020, às 08h18

O cantor Martinho da Vila, de 82 anos, está fora dos palcos desde quando a pandemia do novo coronavírus surgiu com força no Brasil.

Em entrevista à Quem, publicada nesta segunda-feira (23/11), ele revelou que usou seu tempo para poder produzir músicas e que chegou a escrever um livro de contos. 

Martinho disse que a internet o ajudou a atravessar esse momento complicado: "Eu procuro, às vezes, ligar para amigos, pessoas que não falo há algum tempo. O que tem me salvado é computador. Eu leio as coisas, fico escrevendo. A internet está sendo boa nesse período. Já pensou se essa pandemia tivesse acontecido antes da internet? Ninguém ia ter como se comunicar com as pessoas. Agora a gente pode até ver um parente que está distante", relatou o veterano sambista.

"Tenho alguns netinhos e netinhas que ainda não vi pessoalmente. Mas consegui ver, falar com eles pela internet. Pelo vídeo. Um parente que está distante, no passado, ele ficava para lá. Agora a gente pode falar com um amigo que está na Alemanha, por exemplo, cara a cara. Não é legal isso?", questionou, animado.

No entanto, Martinho se declarou contra as lives de artistas, que se tornaram moda durante o primeiro período de pandemia e que substituiu, em vários casos, os shows presenciais.

"Não gosto. Me pedem para fazer live, mas não faço. Não gosto. A atuação como intérprete é algo que tem resposta imediata. Se eu canto uma música que o público gosta, ele reage imediatamente, aplaude. Se a música é reflexiva, ele para e pensa, fica apreciando. Pela internet a gente não tem retorno. Não gosto disso, não", pontuou.

Sobre o livro de contos, Martinho se mostrou animado. "Nunca tinha feito um assim, apenas um de crônicas. Escrevi um conto, outro, e quando vi tinha virado um livro", comemorou.

"Escrevi há pouco. Ainda estou revisando para ver se está como quero. Sempre tem alguma coisa que queremos mudar. Mas ainda não pensei em lançamento", frisou.