Ator disse que ao olhar o rosto de Lua viu as expressões do pai, morto em 2016
Redação Publicado em 02/08/2021, às 09h22
O ator Lucas Veloso falou sobre a semelhança entre sua filha recém-nascida, Lua, e seu pai, Shaolin, morto em 2016, e afirmou que vê as expressões do humorista no rosto dela, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut.
Ao mencionar a foto compartilhada em seu Instagram, ele diz: "É muito emocionante para mim. Uma das primeira coisas que eu pensei quando eu voltei para o chão depois do nascimento foi isso. Olhei para o rostinho dela e ela tinha as expressões do meu pai. Parecia até mais filha dele do que minha. As posições para dormir, o jeito que mexe os bracinhos, é tudo parecido. É surreal. Parece que Deus fez um carinho na família para a gente matar a saudade dele."
"Vou esperar ela crescer para contar quanto ela o lembra e o quão importante ele foi aqui na Terra. E dizer que ele está com ela o tempo todo", garantiu. Lucas ainda afirma que a experiência da paternidade é diferente do que ele imaginava: "Antes da virada de chave, você fica alguns minutos flutuando no planeta Terra, como se não encostasse o pé no chão. Até o parto, eu associava muito a Lua à barriga da Gessica (sua noiva). E, do nada, a barriga vai desaparecendo e você tem a criança na mão. E é um ser humano, alguém novo que está ali para você conhecer. Fiquei ali olhando aquela coisinha, muito miudinha, precisando de mim."
Ele prosseguiu: "Demora um tempo para entender: 'Agora eu sou pai'. E dá um medo absurdo. Um amigo me disse que o aposto do amor não é o ódio, é o medo. E é isso que faz pai e mãe vencer qualquer coisa. Por mais que eles tenham receio da falha, eles têm coragem para aprender o que for preciso para encarar o medo". O ator ainda comentou sobre o tempo estar passando mais rápido e como é sua nova rotina: "Eu costumava pegá-la de madrugada e, ao encontrá-la, pareia que era outro bebê. A impressão era de que alguém vinha escondido e trocava. O primeiro mês é intenso. A criança ainda está entendendo que o mundo é mundo, que tem um espaço para viver, acorda muito."
"Se bem que a Lua foi mais tranquila. Realmente só acordava se fosse para comer ou porque estava com dor. E a gente ganha uma força que nem sabia que existia. É um cansaço exaustivo, mas bom. Dá um prazer acordar no meio da noite e ver aquela coisinha. Depois que ela mama, ela sorri até dormir. Isso paga qualquer cansaço. Agora, no segundo mês, acho que está começando a entender melhor a noite e o dia, o que é sono... Fiz uma viagem longa recentemente. A Gessica me ligou por vídeo e a Lua achou o celular com o olhar. Me derreti todo. Eu não imaginava que a gente fosse mudar tanto."
Ele compleotu: "Eu sempre fui mole, emotivo, mas a sensação de tatear coisas que não são explicáveis pelo ser humano que dá quando a gente é pai é muito única. Me sinto muito perto de Deus. E ao mesmo tempo que eu protejo tudo isso eu também sou frágil. Não recebi uma nova instrução para ser pai, vai no instinto. Parece que a gente tem um fusível que só liga quando o bebê nasce. Por mim, já tinha outro no ano que vem de tão maravilhado que estou."
COLUNISTAS