Kelly Key removeu um pinta e foi diagnosticada com carcinoma basocelular
Redação Publicado em 17/12/2021, às 09h22
Kelly Key, atualmente embaixadora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, contou à Quem que costuma rastrear mais de 150 pintas pelo corpo após descobrir um carcinoma basocelular através da retirada de uma pinta.
No final de 2019, Kelly descobriu o câncer e fez a retirada: "Isso foi quando eu estava em Portugal. O resultado da biópsia atestou que era um carcinoma basocelular e pediram para tirar um pouco mais. Junto com esse um pouco mais, tirei outras pintas que suspeitavam. A cantora ainda relembra o que sentiu ao descobrir o câncer: "Para mim foi um baque, fiquei em choque. Eu tinha uma pintinha próxima ao nariz, que ia e vinha o tempo inteiro."
"Às vezes, conseguia espremer, como se fosse um cravinho, outras vezes era só uma parte que ficava mais altinha, com uma coloração um pouco diferente da do rosto, mas nada de mais a meu ver. Só que a minha dermatologista sempre quis tirar e não dei muita atenção porque quando ela (a pinta) chegava a me incomodar, de repente ela sumia e eu esquecia dela". Kelly prosseguiu: "E aí, quando ela voltava, ficava sempre esse vaivém. Antes de viajar para Portugal em 2020, a minha dermatologista falou que não era para eu ir com aquela pinta, que era para eu tirar."
"Tirei, fizemos uma biópsia e ela me contou que era um câncer de pele durante a minha viagem a Portugal. Para mim foi um baque, fiquei em choque. Depois fui estudar sobre o carcinoma basocelular, que de todos os tipos de câncer de pele, é o menos agressivo. Mas, mesmo assim, é algo que a gente tem que ter muita atenção", conta. A artista explica que desde os 30 anos cuida da pele e que passou a ter mais protocolos de cuidados ao ir na dermatologista. "Mas o filtro solar, por mais que sempre tenha sido disponível no mercado, nunca foi tão falado como agora."
"Nossos pais não tinham os cuidados que hoje, nós pais, temos com nossos filhos. Tinha idas frequentes à praia e tudo mais, mas não com tanta atenção ao filtro solar". Ela também comenta sobre a possível causa do diagnóstico da pinta. "Fiz um trabalho quando era mais nova em que precisava estar bem morena. Esse trabalho me exigia várias sessões de bronzeamento artificial, que estavam, inclusive, em contrato. Então dos meus 13 aos 16 anos de idade, precisei fazer bronzeamento artificial com muita frequência para me manter muito morena nos trabalhos. Ela acredita que isso tenha acelerado o processo."
"Porque esse tipo de câncer de pele que tive aparece em pessoas com mais idade. Essas sessões de autobronzeamento podem ter acelerado esse processo". Kelly revelou que sua mãe e sogra já haviam realizado biópsia, que nunca retornou um resultado. "A gente se assusta, tem medo [quando recebe o diagnóstico de câncer]. Minha sogra e minha mãe já tinham tirado pintas e todas tinham ido para biópsia e nunca deram nada. Então achei que era mais uma questão corriqueira mesmo, que tiraria a pinta e iria para biópsia. Todo material que é tirado vai para biópsia, mas não necessariamente pensei que receberia esse diagnóstico. Quando recebi, fiquei muito assustada e meus médicos foram fundamentais para me manterem calma."
"O processo depois de descobrir o primeiro também foi um pouco chato, foram retiradas frequentes. Na mesma região, tive que fazer a retirada de material por mais quatro vezes, porque deu que a borda estava comprometida. Então, eles tiveram que ampliar mais a margem retirada. Fiquei com muito medo de perder lábio, esse tipo de coisa. E tirei outras quatro pintas, além dessa, que deram também o mesmo câncer. Ainda tirei uma no tórax, em cima dos seios, e a retirada é um pouco mais chata. Mas, graças a Deus, agora estou curada", afirmou.
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