Artista deixou metade de seu patrimônio para filha de criação
Redação Publicado em 12/05/2021, às 06h57
Antes de falecer, no mês passado, em decorrência das complicações da Covid-19, Agnaldo Timóteo preparou um testamento e deixou a metade de seu patrimônio (avaliado em R$ 16 milhões) para a filha de criação, Keyty Evelyn, de 14 anos. No documento, pediu que outra metade fosse dividida entre dois afilhados (10% cada um) e dois de seus seis irmãos.
A divisão, no entanto, não foi bem aceita por alguns irmãos do cantor, que estão pedindo a anulação do testamento alegando que Agnaldo estava confuso na época em que manifestou o seu desejo sobre a partilha de bens.
De acordo com o jornal Extra, o artista enviou um vídeo a Sidney Lobo, seu advogado, em dezembro do ano passado, pedindo que ele cuidasse dos trâmites da adoção de Keyty e a cita como sua herdeira.
“Dr. Sidney, essas fotos que eu mandei para você, são da minha filha, que eu adoro desde março de 2008, quando a conheci, na porta do meu gabinete, ao lado da mãe, quando eu era vereador em São Paulo. Preciso legalizá-la para que ela seja Keyty Evelyn Timóteo. Ela já tem um documento como minha herdeira, mas quero que ela seja minha filha oficial. Gostaria que você providenciasse tudo. Ela é a razão da minha vida”, disse o cantor, na gravação.
Ainda segundo a publicação, o Ministério Público deu parecer favorável para a guarda de menina, determinando que o advogado do cantor seja o tutor de Keyty (conforme pediu Agnaldo no testamento). A ação corre em segredo de Justiça.
Contrários ao testamento, os irmãos do cantor alegam que o artista estava confuso na época em que decidiu a partilha de bens. De acordo com o jornal, a irmã Ruthinete apresentou a declaração de um especialista que diz que Agnaldo “estava desorientado”, sem condições de responder por seus atos. Ela ainda pediu para ser inventariante do cantor, mas a Justiça negou.
“Como inventariante, só quero que a vontade de Agnaldo seja respeitada, me colocando como tutor da menina, para que eu cuidasse dela até os 18 anos”, disse o advogado do cantor.
O jornal traz ainda o relato de uma amiga de Agnaldo Timóteo, que frequentava a casa dele há 25 anos. De acordo com ela, Ruthinete passou a tratar a jovem com descaso após a morte de Agnaldo.
“Ela disse a seguinte frase: ‘A Keyty tinha vindo do lixo, e pro lixo ia voltar’. Essa menina era tudo na vida do Agnaldo, e isso me deixou muito triste”, disse a testemunha.
Sobrinho e ex-assessor de Agnaldo Timóteo, Timotinho explicou que a garota nunca foi aceita pelos irmãos do cantor.
Uma casa na Barra da Tijuca e um apartamento em Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, um imóvel em São Paulo, uma sala comercial em Copacabana, e alguns carros estão entre os bens deixados pelo cantor.
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