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Ícaro Silva desabafa sobre trauma de infância: "Achava que era uma história de terror"

O ator Ícaro Silva usou as redes sociais para comentar sobre história de seu passado

Ícaro Silva recordou história de infância que o traumatizou - Foto: Reprodução / Instagram
Ícaro Silva recordou história de infância que o traumatizou - Foto: Reprodução / Instagram

Redação Publicado em 17/04/2023, às 10h27

Ícaro Silva emocionou ao compartilhar uma recordação nas redes sociais, neste domingo (16/04), quando relembrou uma história que aconteceu com sua família há 28 anos. O ator de 36 anos disse que passou por um momento traumático com a mãe e a irmã.

Em seu perfil do Instagram, o artista fez o relato em uma série de imagens: “Hoje acordei lembrando de uma história apavorante que aconteceu com minha família há 28 anos. Em 16 de abril de 1995, minha mãe, minha irmã e eu dormíamos na mesma cama, em uma das salas improvisadas de um centro comunitário. A favela onde morávamos em Diadema corria risco de deslizar em uma encosta, por isso domos transferidos para esse lugar onde cada s família foi abrigada temporariamente em uma sala. Eu tinha 8 anos, mas é uma memória bastante vívida. Acordei no meio da madrugada com o coração acelerado e um grito ecoando na minha cabeça. Alguma coisa molhada escorria pelo meu rosto e encharcava minha camiseta. Eu ainda não tinha entendido, mas estava coberto do sangue da minha mãe. Um tiro! Dani, eu levei um tiro!!’ Minha mãe já estava de pé, a camisa branca tingida de sangue. Ela segurava o próprio rosto e olhava incrédula para minha irmã, que só agora eu via ao meu lado, ajoelhada na cama, o rosto de 12 anos respingado de sangue, os olhos aterrorizados”.

“Essas palavras da minha mãe ainda reverberam em mim, não somente pelo horror que é ouvir sua mãe dizendo isso, mas pela firmeza que prenunciava as próximas ações dela.Aqui minha memória se reparte em flashes, certamente porque eu era uma criança tomada de adrenalina e pânico, mas a voz da minha mãe é uma memória bem viva. Dani, pega meus documentos naquela gaveta!’. ‘Ícaro! Pega a bolsa da mamãe na cadeira! Mamãe nos dava ordens diretas e sem hesitação, com a pressa de quem se agarra à vida e a paciência de quem está falando com crianças em pânico. Intuitivamente ela tinha achado uma toalha limpa e colocara no buraco de bala em seu rosto, ao lado do ouvido. ‘Vão chamar o Chapéu!’ Não me lembro da gente indo até o Chapéu, mas lembro de como ele chegou rápido ao orelhão (telefone público) do centro comunitário, a cara amassada de sono, os olhos arregalados. Na minha cabeça de criança, Chapéu era “o bêbado” da favela. Um homem muito querido, mas domado pelo álcool. Estava sempre doidão, mas nos tratava com muito respeito, porque minha mãe era a única por ali que o tratava como uma pessoa. Estranhei a falta do cheiro de cachaça. Foi a primeira vez que viro Chapéu sóbrio”, contou o famoso na publicação.