Influenciadora contou que enfrenta o problemas todos os meses
Redação Publicado em 13/04/2021, às 08h25
Ex-atriz de filmes pornôs, Lana Rhoades, de 24 anos, usou o podcast 3 Girls 1 Kitchen para falar abertamente sobre a depressão e as “cicatrizes psicológicas” deixadas pelos oito meses que trabalhou em filmes adultos.
Durante o programa, a influenciadora chorou, explicou que as cenas de humilhação que gravou no período a deixaram muito mal e que as imagens sempre voltam em sua mente “como uma sentença”.
Lana contou que desde os 12 anos sonhava em ser uma estrela de filmes pornográficos, mas que as cenas traumáticas a fizeram largar a carreira e os filmes adultos.
“Eu queria escapar da situação que eu tinha em casa [quando era mais jovem]. Eu me trancava no closet e assistia Girls Next Door of Playboy (reality sobre as namoradas de Hugh Hefner, fundador da Playboy) pensando em fazer 18 anos para poder viver aquilo”, explicou ela (veja o vídeo abaixo).
“O perigo de glamorizar a indústria do sexo é que jovens garotas como eu só vão ver os lados positivos da coisa, e não os negativos”, continuou ela, explicando que resolveu trazer à tona sua história para ajudar outras mulheres.
Antes de estrelar filmes adultos, Lana trabalhou como stripper e garçonete. Ela explicou que era muito ingênua quando começou a filmar, a ponto de “não saber que teria que fazer sexo” nas gravações.
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“Isso vai fazer parecer que eu era muito ingênua, mas é verdade… quando entrei no avião [com os agentes] para ir à Los Angeles fazer pornô pela primeira vez, eu não tinha ideia de que eu teria que fazer sexo. Não tinha processado a coisa, eu simplesmente não pensei no que eu precisaria fazer para me transformar em uma estrela do pornô”, disse ela.
Apesar de ter dito (no início de tudo) que gostaria de filmar apenas com mulheres, os agentes a colocaram contra a parede dizendo que ela teria que fazer cenas com homens e mulheres, caso contrário, não assinaria o contrato.
Mesmo apreensiva, ela assinou o contrato e rapidamente descobriu que os agentes queriam que ela gravasse “conteúdo extremo”.
“Eles [os agentes] glamourizam o negócio de ‘mais por menos’, porque isso rende mais grana para eles. Eles não dão a mínima para as garotas, querem apenas agradar produtores e suas agências. São homens de 40 a 60 anos que estão na indústria há 20 ou até 30 anos. Eles sabem como convencer garotas de 18 anos a fazer as coisas”, lamentou.
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Embora Lana reconheça que nunca foi forçada a gravar, ela ressalta que estava em uma situação que se sentia “incapaz de falar não”.
“Eu nunca disse não tecnicamente. Como eu era muito jovem, achava que eu tinha que agradar a todos para deixar meu agente feliz. Eles me disseram que isso seria bom. Eu queria deixar os produtores felizes, os fãs felizes. Eu podia estar morrendo por dentro, mas mantinha um sorriso no rosto e dizia ‘obrigado a todos pelo trabalho’”, relatou.
Conforme os pedidos dos produtores foram ficando mais extremos, Lana começou a desenvolver crises de pânico antes das filmagens.
Eu tive amigos que desmaiaram durante as cenas por falta de ar. É um conteúdo maluco que pode machucar as pessoas fisicamente para o resto de suas vidas. Por sorte, não aconteceu comigo”, lembrou.
Embora não carregue “marcas físicas” do tempo em que trabalhou na indústria do pornô, Lana explicou que psicologicamente ficou em frangalhos.
“Não vou dizer que todas as cenas que eu fiz foram horríveis. Mas há algumas que me causaram um dano emocional muito grande. Tem de três a cinco tomadas que foram traumáticas para mim ㅡ como ir para um set com alguém muito mais velho ou fazer coisas muito extremas. Posso dizer com 100% de certeza que isso me fez largar o pornô”, garantiu.
Investindo em redes sociais atualmente, Lana disse que não tem como esconder seu passado no pornô.
“Não posso me esconder disso. Onde quer que eu vá, muita gente já vai tem me visto na pornografia, o que me resta é fazer o melhor que dá disso tudo. Sinto que tenho uma sentença sobre minha cabeça aos 24 anos".
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“Eu sempre vou ser uma estrela do pornô, independente de querer isso ou não, não importa. Eu lido com a depressão e pensamentos suicidas todos os meses por conta do meu passado no pornô. Estou apenas sendo sincera, não é uma grande coisa carregar esse título”, continuou.
“Eu espero que a minha experiência e meu sofrimento possa ajudar outras pessoas ㅡ seja ajudando a tomarem decisões melhores do que as que eu tomei, ou influenciando quem já está dentro da coisa toda a deixar o pornô”, completou.