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Dira Paes alerta mulheres ao falar sobre violência doméstica: "Peçam ajuda"

Atriz comentou sobre a personagem agredida em Fina Estampa, de 2011

Segundo entrevista publicada pelo Gshow, Dira disse que se sentiu honrada pelo papel, mas que faz todos perceberem a realidade no país - Reprodução/Instagram
Segundo entrevista publicada pelo Gshow, Dira disse que se sentiu honrada pelo papel, mas que faz todos perceberem a realidade no país - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 26/11/2020, às 08h56

Dira Paes comentou sobre sua personagem Celeste, da novela Fina Estampa, ao Gshow nesta quinta-feira (26/11), e aproveitou para alertar outras mulheres sobre violência doméstica.

A atriz afirmou que, por causa da personagem -- que era agredida pelo marido na trama de 2011 -- ela ainda recebe muitas mensagens de pessoas que enfrentaram ou ainda enfrentam os casos de violência dentro de casa e lamentou que índices desse tipo não tenham diminuído.

"Para viver a Celeste, eu mergulhei fundo nas experiências das mulheres que sofrem violência doméstica e não conseguem sair do ciclo vicioso dessa violação. Mulheres que não conseguem denunciar os maridos. Era nesse lugar que eu via a Celeste. Eu pensava no que fazia essa mulher ter a imobilidade de pedir ajuda, o que a deixava imóvel para não denunciar", contou.

A atriz disse que a personagem na novela de Aguinaldo Silva a fez notar uma situação que ainda é um tabu no país: "Me senti muito honrada de desempenhar um papel que, infelizmente, faz a gente perceber que é uma realidade no Brasil, que não houve uma consciência total desse problema que é uma pandemia. Podemos chamar de pandemia também a violência contra a mulher. Nós estamos unidas de alguma maneira prestando atenção e tentando acolher as vítimas", destacou.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, de fevereiro a março deste ano -- o período de quarentena -- o número de casos de violência doméstica quadrupicou. Um outro levantamento mostrou que o Brasil teve um aumento de 2% no número de mulheres assassinadas no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo número do ano passado.