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O Caso Evandro: crítica da série da Globoplay sobre assassinato e magia negra

Série fez sucesso como podcast e agora chega à plataforma da Globoplay

Evandro foi assassinado em 1992 em um crime bizarro - Foto: Reprodução / Globoplay
Evandro foi assassinado em 1992 em um crime bizarro - Foto: Reprodução / Globoplay

Redação Publicado em 13/05/2021, às 21h22

Estreou nesta quinta-feira (13) a produção original da Globoplay, a série documental Caso Evandro, inspirada no podcast de mesmo nome conduzido pelo pesquisador Ivan Mizanzuk.

Os episódios da série exploram o caso de um assassinato que aconteceu no Paraná, no ano de 1992, sobre uma criança que foi vítima de atos bárbaros, e que supostamente envolveu magia negra.

Evandro Caetano desapareceu na cidade de Guaratuba, no litoral do Paraná, em 1992, com apenas 6 anos de idade. Após 5 dias de buscas, o corpo foi encontrado sem os órgãos, mãos, orelhas e couro cabeludo, além de outras mutilações.

Na época do crime, chegaram à conclusão que o corpo do menino estava desta maneira pois ele teria sido usado em um ritual. Sete pessoas foram presas, inclusive a primeira-dama da cidade e sua filha, Celina e Beatriz Abagge.

Elas foram acusadas de serem mandantes do crime e chegaram a confessar, porém, depois disseram que foram torturadas e obrigadas a assumirem o crime. As duas ficaram presas por quase 6 anos em regime fechado, e o primeiro julgamento, que durou 34 dias, é o mais longo do Judiciário brasileiro.

A série explora, em 8 episódios, os detalhes do crime, com direito a reconstituições de cenas, entrevistas com envolvidos no caso, materiais de arquivo de rádio e TV, páginas de jornais e processos judiciais.

Celina e Beatriz também concordaram em dar suas versões do acontecido. Ambas estão em liberdade, sem pendências judiciais. Para a mãe, o caso prescreveu por causa de sua idade, e a filha foi perdoada da pena em 2016.

“Para o Estado, o caso está encerrado, não existe recurso. Só que eu também gosto de mostrar que às vezes o Estado te dá resoluções que talvez não sejam convictas. Gosto muito de usar essa história para mostrar como funciona nosso sistema judiciário”, disse Mizanzuk, em um livro.

Os dois primeiros episódios da série já estão disponíveis na Globoplay.