Atriz de 31 anos abriu o coração e falou sobre o assunto delicado nos Stories de seu Instagram
Redação Publicado em 05/11/2020, às 11h33
Carolinie Figueiredo contou que descobriu, só no ano passado, que perdeu a virgindade em um estupro. Atualmente com 31 anos, a atriz explicou que a violência aconteceu quando tinha 16 ─ e que até hoje reflete sobre o assunto.
“Há um ano compreendi que a maneira que perdi minha virgindade foi um estupro... Foram 15 anos elaborando essa história. Estamos completamente distantes das fronteiras seguras dos nossos corpos. Precisamos nos fortalecer para que tenhamos estrutura psíquica e emocional para dar conta das nossas histórias”, revelou.
Atualmente trabalhando como educadora parental e orientadora, Carolinie aproveitou para falar sobre sua última relação afetiva, e de que maneira isso impactou sua autoestima.
“Há um ano, eu estava entrando numa relação com muitas expectativas. Há um ano atrás eu estava com meu cabelo muito vermelho porque eu estava iniciando uma nova vivência... Eu estava muito no meu ápice de potência, de: ‘Uau! Agora cheguei ao clímax da minha vida’. E eu fui morrendo nessa relação, matando o outro nesse lugar”, disse ela.
Ela continuou: “E a gente foi juntos se machucando, indo para o fundo do poço... E eu falei que a gente vai recebendo as solturas”.
Para simbolizar o seu desapego ao passado, Carolinie cortou uma de suas tranças.
Por fim, a artista compartilhou uma história sobre as violências cotidianas sofridas pelas mulheres. “Uma mulher tão linda quanto machucada em suas feridas de autoestima e autovalor. O patriarcado nos adoece, machuca e violenta nossos corpos. Os homens, vetores diretos dessa opressão, não têm ideia de como esses assuntos de violência machucam nossos corpos físicos, emocionais e mentais”, ponderou.
“Mulheres: vamos precisar endurecer nossos discursos e criar uma barreira para proteção dos nossos corpos, dos nossos direitos. Chega de tanta violência e negligência com o nosso sentir! Eu sinto no meu corpo esses atravessamentos. Eu choro por todas nós, por nossa ancestralidade, por todas que não puderam se posicionar”, completou.
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