Gabrielle Gambine, atriz trans que participou da novela, falou sobre representatividade
Redação Publicado em 11/10/2022, às 08h35 - Atualizado às 08h47
Gabrielle Gambine, atriz e modelo de 24 anos que participou de 'Verdades Secretas 2' -- atualmente em exibição na Globo -- comentou sobre a estreia da produção em TV aberta, após ser sucesso no Globoplay. Ela explicou, em entrevista ao jornal 'Extra', nesta terça-feira (11/10), que considera sua participação na trama importante para ampliar o debate sobre a identidade de gênero e combater preconceitos.
"É uma vitória! Fico muito feliz pelo meu papel não se resumir a minha identidade de gênero. Espero que mais atrizes trans tenham oportunidades para mostrar o quanto são competentes e talentosas", começou Gabrielle, que pretende usar sua visibilidade para promover a inclusão às pessoas trans.
Sobre esse assunto, a modelo afirmou que ainda há muito o que fazer. "Há um longo caminho a percorrer na luta contra o preconceito, por isso precisamos evoluir questões que naturalizem a diversidade humana. É muito representativo ocuparmos todos estes lugares", salientou.
Em janeiro, Gabrielle revelou que sofreu transfobia de alguns atores de 'Verdades Secretas 2'. Em um texto postado nas redes sociais, ela lamentou a situação.
"Quem assistiu à novela 'Verdades secretas' pôde ver que eu passo a novela toda lutando para existir, enquanto os gays estão lutando pelo direito de amar. Isso fica claro na novela. Sofri transfobia quase todo santo dia, não por parte da equipe, e, sim, por parte de atores que estavam gravando a novela comigo. E esse mês, janeiro, mês da visibilidade trans, não vi nenhum desses atores falando da importância de dar visibilidade para trans e travestis", disse na época.
Agora, com a estreia na Globo, Gabrielle afirmou que vê o momento como uma oportunidade de debater o preconceito. "O audiovisual e a moda têm o poder de abrir discussões que, muitas vezes, ainda são tabus. Quando o grande público vê pessoas trans sendo amadas, respeitadas e construindo histórias fora da marginalidade, fortalecemos este imaginário. Isso nos motiva a continuar em movimento, buscando reafirmar nossa humanidade e dignidade na sociedade. Queremos ser percebidas e, sobretudo, respeitadas", explicou.
"Espero que atrizes trans e travestis como eu tenham mais oportunidades para mostrar o quanto são competentes e talentosas, sem rótulos", ponderou.
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