Alexandre Abrão desabafou sobre relação conflituosa com integrantes da banda de seu pai
Redação Publicado em 26/11/2021, às 11h17
Em uma entrevista para o "G1", o filho do cantor Chorão, Alexandre Abrão, fez um desabafo sobre como é difícil administrar o legal da banda de seu pai, "Charlie Brown Jr.", e a relação cheia de conflitos que possui com Thiago Castanho e Marcão, guitarristas da banda. Durante a conversa, o herdeiro comenta que sempre se deu bem com os ex-colegas de seu pai quando o assunto era sobre a banda, mas os dois tentaram registrar algumas marcas da banda e até mesmo entraram com um processo sem conversar com Alexandre antes.
O filho de Chorão comenta que após trabalharem juntos em um projeto para continuar com os shows da banda, os guitarristas deram entrada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) com marcas que seu pai já possuía. “CBJR, C.Brown Jr. Até Charlie Brothers, que meu pai não tinha. Pô, Charlie Brothers. Eram coisas assim: Charlie Brown 30 anos, Charlie Brown isso e aquilo. Eu falei: ‘gente, o que que tá acontecendo?’”, revelou Alexandre.
“Ao mesmo tempo, comecei a ter uma discussão com o empresário da época, o Branco. Ele vinha botando uma pressão em cima de mim para eu licenciar o nome do Charlie Brown Jr. para ele. Trabalho com licenciamento desde 2013, sei que não é assim. A banda sempre foi feita através do escritório do meu pai. Sou sócio do escritório do meu pai desde antes de ele falecer”, completou.
Alexandre também revelou que sei pai queria seguir com carreira solo em 2005, quando os integrantes da banda brigaram, mas o presidente da gravadora o impediu. Chorão decidiu comprar os direitos da banda dos outros músicos e acabou fazendo uma dívida "impagável" com a gravadora, que até os dias de hoje é descontada.
“Em 2005, quando teve a ruptura do Charlie Brown e saiu o Champignon, Marcão e Pelado, meu pai queria fazer um projeto solo chamado Chorão Skate Vibe. Só que ele tinha um contrato muito pesado com a EMI. O Mainardi, que era presidente da gravadora, falou: ‘Pô, você vai fazer projeto solo o caral**! Tu é o Charlie Brown, tu não é o Chorão’. Aí meu pai comprou dos outros músicos os direitos artísticos, de marca, de imagem. Através disso ele virou o dono da banda”, disse o filho do vocalista.
"Desde que meu pai faleceu, uma das pessoas que trabalhava com o meu pai falava: ‘O Chorão tem uma dívida impagável com a EMI’. Até hoje essa dívida impagável está aí. A gente paga de pouquinho em pouquinho, porque retém os direitos artísticos. Isso é uma coisa que ninguém sabia", completou.
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