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“Achei que não conseguiria mais trabalho ao me assumir lésbica”, diz Bruna Linzmeyer

Atriz usa visibilidade em prol da causa LGBTQIA+

Bruna Linzmeyer com a namorada, Marta Supernova - Foto: Reprodução/ Instagram@brunalinzmeyer
Bruna Linzmeyer com a namorada, Marta Supernova - Foto: Reprodução/ Instagram@brunalinzmeyer

Redação Publicado em 14/06/2021, às 05h40

Lésbica assumida, Bruna Linzmeyer, de 28 anos, contou que ficou com medo de “não conseguir mais trabalho” ao falar abertamente sobre sua sexualidada.

Escalada para a novela Pantanal ― ela começa a gravar o folhetim em julho ―, a atriz procura usar sua visibilidade em prol da causa LGBTQIA+ e em breve poderá ser vista em dois filmes que trazem lésbicas como protagonistas: Bate e Volta Copacabana, de Juliana Antunes e Marcella Jacques, e Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui”, de Érica Sarmet.

“Sempre vivi meus desejos, fossem sobre o que fossem, com muita vontade, liberdade e alegria. Me apaixonar, estar e namorar mulheres foi mais um desses desejos. Não foi uma questão para mim. Na época, não foi um problema. O problema começou na pessoa que me olhava, se iniciou numa matéria de jornal, com os comentários dos leitores, com o medo de quem estava à minha volta, com o meu... As pessoas e eu pensávamos que eu não ia conseguir mais trabalhar, não sabíamos o que ia acontecer com a minha carreira. E era um receio genuíno porque isso acontecia realmente. As pessoas perdiam papéis e contratos. Quando eu comecei a falar, foi porque saiu numa matéria que ‘Bruna Linzmeyer é gay’”, disse ela, à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

Ela acrescentou: “Eu estava só vivendo a minha vida. Mas eu pensava: ‘Se eu for ser alguma coisa, não é gay a palavra. Acho que talvez seja lésbica. Porque gays são homens’. No caso, eu sou uma mulher, então já tem uma invisibilidade nesse sentido. Aí fui me colocando conforme as coisas foram vindo e não foi fazendo muito sentido para as pessoas que estavam ao meu redor nem para mim. Fui descobrindo isso junto com as pessoas que me acompanham, junto com vocês da imprensa. Fui aprendendo sobre os nomes, a importância de falar disso…”, continuou.

À publicação, a atriz explicou que tem recebido um retorno positivo das pessoas ao conscientizar sobre o assunto.

“Foi uma construção coletiva porque, se eu não precisasse falar, eu não ia falar, entende? Falo porque eu preciso e porque é preciso para o mundo ser falado. Então, trato com carinho. São coisas que eu adoraria ter ouvido. E, pelo que recebo de retorno das pessoas, tem feito sentido para elas, tem feito bem esse deslocamento de olhar. Faço na maior alegria. Hoje em dia é parte de mim falar disso. Tenho escrito sobre isso, tenho feito histórias ficcionais. Então, isso virou meu ofício também”, completou ela.

 
 
 
 
 
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