Thammy Miranda fala sobre o processo de "transexualização" - Foto: Divulgação Entrevistada nesta terça-feira (13/05) no programa Morning Show, Thammy Miranda
Redação Publicado em 13/05/2015, às 14h53
Entrevistada nesta terça-feira (13/05) no programa Morning Show, Thammy Miranda falou sobre o lançamento de seu programa na internet, o “Aceita que dói menos”, e também contou curiosidades do seu processo de mudança de sexo.
Logo no início da entrevista, Edgard Piccoli perguntou como Thammy preferia ser chamada, já que ela é uma transex.
“Me chama do que quiser. Eu há 32 anos sou Thammy. Se quiser me chamar de ‘a’ tudo bem, ou de ‘o’, tudo bem também. Se eu quero respeito, também tenho que respeitar as pessoas. Acho que tudo no seu tempo. Meus amigos pessoais se referem a mim como ‘ele’ ou falam ‘dele’”, respondeu.
Thammy retirou os seios recentemente e agora está na fase de tratamento hormonal. “Estou fazendo agora a terapia hormonal, que faz parte do processo de transexualização”, disse.
A ex-modelo contou que não se incomoda em ter o órgão feminino.
“Não quero ser um homem que se resume em um órgão genital. Quero ser um homem diferente, talvez o transexual é um homem evoluído, com uma alma feminina”, declarou.
Sobre ser mãe, Thammy conta que já não é mais possível por causa dos hormônios masculinos que toma.
“Não posso mais porque tenho a testosterona de um homem já, devido ao tratamento hormonal. Mas nunca imaginei ter um filho saindo da minha barriga”, contou.
Thammy revelou que está “como um garoto de 16 anos”, e que sabe que em breve vão começar os processos de crescimento de pelos, de transformação da voz, mas, ela não se incomoda com isso.
Para Thammy não foi rápido perceber que ela era gay e que queria ser uma transexual. “Não vem de uma vez, vai vindo. Eu sabia o que eu não queria… Meu cabelo não me fazia bem, minhas roupas, meus seios não faziam parte do meu corpo, porque eu sempre os cobria quando me olhava no espelho. Quando eu olhava para uma menina de um jeito diferente, eu pensava que eu estava com algum problema, e achava que era uma fase e ia passar.”
Para ela foi também difícil perceber quem iria corresponder uma paquera. “Não tem manual de paquera do gay, você se sente perdido. Nas baladas gay, rola aquele cortejo, um olhar muito mais sutil do que entre homem e mulher. O meu primeiro beijo demorou dois anos para acontecer, já namorando com a pessoa.”
Thammy contou que ela se considera um homem diferente, que ela não gosta de sair “só com os Brothers” como a maioria dos homens curte. “Gosto mais de ficar com minha namorada, sair para passear. Mas tenho amigos homens sim e de vez em quando saio com eles.”