A modelo transexual tenta se firmar na carreira, mas o sucesso é bloqueado pelo preconceito Melissa Paixão – Foto: Divulgação / MF Models Assessoria Em busca de
Fabiano de Abreu Publicado em 26/01/2015, às 13h15 - Atualizado às 13h27
A modelo transexual tenta se firmar na carreira, mas o sucesso é bloqueado pelo preconceito
Em busca de novas oportunidades, Melissa Paixão se mudará para o Rio. Ela, que mora em São Paulo, tentará encontrar na cidade maravilhosa novas oportunidades de trabalho. Apesar de já ter feito trabalhos internacionais e fotografado para renomados estilistas, ela ainda não conseguiu se firmar na carreira de modelo, devido ao preconceito contra a transexualidade que existe no mercado.
Até mesmo no Carnaval, que é uma festa democrática, ela ainda não recebeu convites para desfilar, apesar de ter sido eleita musa do camarote de uma cervejaria por celebridades, como Suzana Vieira e Grazi Massafera.
Na hora de conseguir um emprego, as trans também encontram dificuldade. Segundo a Associação das Travestis e Transexuais do Triângulo Mineiro (Triângulo Trans), apenas 5% das travestis e transexuais de Uberlândia estão no mercado de trabalho formal. As demais, 95%, estão na prostituição. Número semelhante é apresentado pela ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais, 90% das travestis e transexuais estão se prostituindo no Brasil. Ainda que elas queiram arranjar um emprego com horário de trabalho e carteira assinada, o preconceito fica claro quando elas se candidatam a uma vaga.
No mundo da moda, que Melissa sonhou se destacar a vida inteira é ainda mais difícil. No Brasil, raras foram as modelos trans que conseguiram fazer sucesso.
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