Neusa Borges, de 72 anos, desabafou em entrevista para o jornal Diário de São Paulo, dessa segunda-feira (08), sobre sua situação financeira quando não está no
Redação Publicado em 09/04/2013, às 21h46 - Atualizado às 21h48
Neusa Borges, de 72 anos, desabafou em entrevista para o jornal Diário de São Paulo, dessa segunda-feira (08), sobre sua situação financeira quando não está no ar em alguma novela da TV Globo, por não ser contratada da emissora.
“Toda vez que acaba uma novela eu entro em depressão. Antes de terminar A Vida da Gente (2011), eu estava tão desesperada que eu tive um AVC. Sempre me bate um desespero. Eu tenho ódio mortal quando ficam dizendo ‘a grande atriz’, ‘a grande estrela’. Enquanto dizem isso, eu fico chorando todos os dias para ir ao supermercado”, disse a atriz.
Atualmente, ela está no ar como Diva em Salve Jorge e diz que a autora Gloria Perez e os diretores Jayme Monjardim e Marcos Schechtman são os únicos que a convidam para trabalhos: “Só eles que aceitam me dar trabalho. Eu não ‘mamo’ nas tetas da TV Globo. Bem que eu gostaria pelos anos todos que já trabalhei lá. Eu estou com 72 anos, não tenho plano de saúde, não tenho nada. Quanta gente começou depois de mim e ‘mama’ nas tetas da TV Globo? Eu tenho de trabalhar, ganhar um dinheiro e guardar metade do que recebo para depois poder sustentar a minha família. É desesperador, mas eu não ‘mamo’ nas tetas da TV Globo, porque não sou contratada de lá”.
Depois que fez a novela O Clone em 2001, a atriz viveu seu pior momento: “Eu fiquei desempregada no fim da novela e ganhei todos os elogios da vida pelo personagem. Ganhei prêmios, placas e fiquei sem emprego quatro anos. Fiquei passando fome, não tinha dinheiro parar comprar um pacote de miojo para as minhas filhas”, conta. E completa: “E eu não sou ser humano de comer sardinha e arrotar caviar. Não faço pose de artista. Para mim, ser artista é como ser gari ou empregada doméstica. É trabalho! Então, o que eu ganho em ficar olhando prêmios em casa? Eu vou ao supermercado ou à farmácia com isso? Não”.
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