Laryssa Ayres recorreu ao Instagram, na tarde desta quinta-feira (03/10), para explicar a briga que teve mais cedo, quando estava à caminha para a faculdade, com um homem que entrou no vagão destinado às mulheres no metrô...
Redação Publicado em 03/10/2019, às 19h05 - Atualizado em 04/10/2019, às 15h30
Laryssa Ayres recorreu ao Instagram, na tarde desta quinta-feira (03/10), para explicar a briga que teve mais cedo, quando estava à caminha para a faculdade, com um homem que entrou no vagão destinado às mulheres no metrô.
Em um vídeos que acabou viralizando nas redes sociais, a a atriz – que esteve no ar recentemente em O Sétimo Guardião – aparece visivelmente incomodada e discutindo com o passageiro:
“Tem um horário. Temos direito. A gente não quer fazer nada com você, a gente está pedindo com educação para o senhor sair. Este vagão é nosso”, bradava ela, sendo aplaudida pelas outras mulheres presentes.
Mais tarde, na rede social, Laryssa voltou a falar sobre o assunto e explicou o motivo pelo qual resolveu brigar pelo espaço:
“Eu acabei de chegar da faculdade, inclusive estou com a mesma roupa do vídeo que vocês assistiram. Para começar: Eu, Laryssa, não tenho a menor necessidade de aparecer. Não tenho. Eu sou uma pessoa que briga muito pelos direitos. Tenho estudado na Glória, há três meses tenho ido todos os dias de metrô, inclusive com duas amigas minhas. Para quem sabe, quem trabalha, quem usa o metrô todos os dias na rotina como eu, sabe que não é nada fácil”, começou.
“Tem muitas situações constrangedoras e horríveis que principalmente nós, mulheres, temos que passar. E agora chega. O que aconteceu hoje, para você que está comentando e repassando o vídeo, eu quero primeiro que você entenda o que aconteceu”, continuou.
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“Vagão feminino, existe um horário. Conseguimos este direito. Que eu acho uma bobeira ter horário, porque deveria ser a p*** do dia inteiro porque, afinal, a gente passa por situações constrangedoras no metrô no dia inteiro. Não tem horário. Das seis as nove é o primeiro período que tem o funcionamento deste vagão feminino”, explicou.
“Entrei eu e mais várias mulheres e quatro estações depois, entrou um cara. Eu comentando com as minhas amigas: ‘O que está acontecendo?’. Muitas mulheres que estavam perto já estavam dizendo: ‘Moço, por favor, saia, esse vagão é nosso’. E o cara nada de sair”, contou.
Segundo a atriz, o sujeito começou a desafiar as mulheres do vagão a retirá-lo dali.
“Eu não me aguento, sou assim. É da minha pessoa. Fui até onde estava acontecendo e perguntei o que estava acontecendo. Ela me respondeu: ‘Esse moço que entrou, estamos pedindo com gentileza para ele sair, e ele está batendo no peito, dizendo que daqui ele não sai, que a gente não tem direito nenhum’. A gente não tem direito nenhum? Amor, criaram uma lei, criaram um horário, então você tem que respeitar. Não é difícil”, argumentou.
Laryssa ainda ponderou que existem pessoas que não tem conhecimento da lei que dá às mulheres o direito do vagão feminino.
“Eu sei que existem casos. Muitos amigos meus já passaram por isso. Não se tocaram, entraram, e aí as mulheres falaram e eles pediram desculpas. É tranquilo. Você pedir desculpas, entender o direito do outro e sair. Acontece isso diariamente com pessoas desligadas que não conhecem a lei, o vagão, não sabem nem da existência disso. Mas existe, e se existe a gente deve respeitar”, disse, em seguida afirmando que não era este o caso.
“Só que esse cara não respeitou. A gente falou uma, duas, três, mais de trinta vezes para esse cara sair do vagão feminino”, continuou.
A indignação foi tanta que ela resolveu chamar os seguranças do metrô.
“A gente começou a gritar para ele tirar. O segurança se tocou que algo estava acontecendo em nosso vagão. Ele veio e tirou o cara. Ele foi embora, mas foi necessário ele ver um macho para tomar a atitude de ir embora. Éramos mais de cinquenta vozes pedindo para ele”, desabafou.
No fim, Laryssa disse que tomou a atitude esperando que outras mulheres não se calem.
“O que eu quis, ali, não foi aparecer. Foi mostrar para nós, mulheres, que a gente tem voz. Foi-se o tempo que a gente abaixava a cabeça para eles. Foi-se o tempo em que na rua eles constrangiam a gente e oprimiam a gente. Esse tempo acabou. Hoje a gente tem a internet, a nossa voz. Hoje a gente dá a mão para a nossa amiga e sim, somos mais fortes juntas. A revolução já foi instaurada. Não vai ter mais espaço para pessoas como você”, completou.
Veja o vídeo completo.
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