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“É um trabalho diário”, diz Fábio Assunção sobre luta contra dependência química

Fábio Assunção falou à Trip sobre luta contra dependência química - Foto: Fernando Young/ Revista Trip Um dos destaques da edição mais recente da revista Trip,

Fábio Assunção falou à Trip sobre luta contra dependência química - Foto: Fernando Young/ Revista Trip
Fábio Assunção falou à Trip sobre luta contra dependência química - Foto: Fernando Young/ Revista Trip

Redação Publicado em 19/07/2018, às 15h53 - Atualizado às 16h08

Um dos destaques da edição mais recente da revista Trip,Fabio Assunção contou que a luta para se livrar da dependência química “é um trabalho diário”.

“É um trabalho diário mesmo. Não sei como é para cada um. Mas é isso. Eu acho que, tendo foco, é possível”, explicou o ator.

À publicação, o interprete de Ramiro na elogiada série Onde Nascem os Fortes, que já foi internado várias vezes para tratamento relembrou o momento no qual achou que as coisas estavam saindo do controle:

Fábio Assunção estampa uma das capas da revista Trip deste mês – Foto: Divulgação

“A primeira vez que achei que as coisas estavam saindo do meu controle, em 2008, fui ao AA [Alcoólicos Anônimos]. Estava me sentindo envergonhado, muito preocupado com as pessoas saberem. Cara, na hora que eu saí, tinha um paparazzo do lado de fora. Então, eu nunca tive a possibilidade de viver esse processo com privacidade”, disse.

Na entrevista, Fábio conta que começou a se envolver com substâncias químicas porque “não tinha prepara” para lidar com determinadas situações:

“Se você está feliz, se está com saudade, se tem uma perda ou se acaba um relacionamento, tem que vivenciar isso e dói. Essas coisas… Todo mundo sente o impacto desses sentimentos, não são sentimentos fáceis. Então acho que [usar substâncias químicas] foi uma forma de não sentir, uma coisa que eu não tinha preparo para me relacionar”, argumentou o ator.

Fábio Assunção é um dos destaques da nova edição da revista Trip – Foto: Fernando Young/ Revista Trip

Em outro trecho de sua entrevista, Fábio Assunção falou sobre o rótulo de galã e a falta de privacidade, e contou que atualmente enxerga diferente o assédio do público e dos fãs:

“Quando você começa a trabalhar, fica chateado quando te chamam de galã. ‘Porra, não estão reconhecendo meu trabalho!’ Mas hoje já acho legal. ‘O cara não consegue escapar do galã!’ Acho maneiro. ‘Até de barba o cara continua galã!’ Poxa, obrigado, pessoal, valeu”, agradeceu.

“No começo, sendo mais novo, eu era muito mais abordado, mas achava muito legal, não era desconfortável. Hoje, já vejo de outra forma, gosto de estar num mesmo espaço que outras pessoas, mas sem holofote”, disse.

Ao comentar o namoro com a atriz Maria Ribeiro, o ator revelou que o casal está em um momento incrível:

“Faz quatro meses que estamos juntos, mas a gente se conhece há muitos anos. Tivemos esse reencontro agora só. Está num momento incrível. Viajo sempre que acabo um trabalho, agora eu vou viajar para a Itália. Vamos eu e Maria para Itália”, festejou, referindo-se ao final da série, na última segunda-feira (16/07).

Outro assunto abordado no bate-papo foi a filiação de Fábio Assunção ao PT, em 2017:

“Tive um convite do Lula numa conversa que tivemos em um jantar. Ele queria formar uma comissão para discutir política de drogas e queria que eu participasse. Falei que sim. E a gente fez algumas reuniões, ele disse que era muito importante conversar sobre isso com as famílias brasileiras. O Brasil tem muito o que mudar nessa área, que é muito central. Se jogar a droga na ilegalidade, ela vira um instrumento de extermínio. É muito pesado o que falei, mas o que o Dória fez na Cracolândia foi uma violação de direitos humanos flagrante, uma coisa absurda”, opinou.

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