Rita Cadillac no programa Na LAta, comandado por Antônia Fontenelle - Foto: Reprodução/ YouTube Convidada do Na Lata, programa para o YouTube comandado por
Redação Publicado em 08/03/2018, às 14h54 - Atualizado às 16h48
Convidada do Na Lata, programa para o YouTube comandado por Antônia Fontenelle, a ex-chacrete Rita Cadillac relembrou alguns dos acontecimentos que marcaram seus 45 anos de carreira.
No vídeo, a ex-assistente de palco de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, falou sobre os filmes adultos pornôs que estrelou nos anos 2000 a deixaram doente:
“Eu fiz 20 cenas que podem ser transformadas, até o dia de hoje, em 200 mil filmes. Na primeira Fazenda [reality show] que eu fiz pela primeira vez [2013] estavam lançando um. Não tinha essa lei de ‘domínio’ e tudo que foi feito antes não tem o que fazer…”, explicou Rita.
“O pior de tudo é que quem compra pensa: ‘já vi isso, é a mesma cena’. (…) Quando assinei o contrato não tinha essa noção [da dimensão do pornô], eu estava acostumada a fazer pornochanchada, que não tem a cena em si propriamente, só parece que existe (…)”, continuou.
Na entrevista, Rita Cadillac contou como acabou se tornando a “madrinha dos detentos”, apelido que rendeu a ela até uma participação no filme Carandiru: O Filme (2003), inspirado no livro escrito por Dráuzio Varella.
“No final de ano, antigamente, todos os presídios faziam festa de Natal para os internos. E um dia eu fui convidada para fazer no Rio de Janeiro. Eu não gostei, me senti pesada, carregada. Pensei em nunca mais entrar em um presídio. No ano seguinte, em São Paulo, me convidaram para fazer parte do grupo de cantores que iria se apresentar no Carandiru. Eu fui com o pé atrás, mas quando cheguei lá, foi totalmente diferente”, revelou.
“Uns dois ou três dias depois da apresentação, a comissão de internos pediu a direção do presídio para fazer um pedido para mim. Eles queriam saber se eu poderia ser madrinha deles. Eu queria saber o que era ser madrinha de detento. Me explicaram que era só participar dos eventos, futebol, etc. Ai eu falei ‘tô dentro’”, explicou.
Acusada de prostituição quando estava no auge da carreira, já como a chacrete, Rita Cadillac contou que não se arrepende de ter pedido demissão da TV Globo:
“Não foi a Rede Globo. Na realidade, foi assim… a Globo não tinha nada a ver com isso. Nos éramos contratadas da JBM, produtora do Chacrinha. E saiu uma revista em uma matéria, dizendo que a menina [uma das chacretes] fazia programa, que isso e aquilo. Mas o foco da revista era em mim porque eu estava cantando. E ai colocaram em um jornal que eu estava suspensa”, esclareceu.
“Eu fui na produção, falei com o Leleco [filho do Chacrinha], e ele me sugeriu ficar um ou dois meses longe dos holofotes. Eu disse não, não aceito. Porque se eu falo uma coisa, ou se eu faço uma coisa, eu vou até o final com aquilo. Como eu também não estava conseguindo cumprir com a Rita Cadillac cantora e a Rita Cadillac chacrete, eu tinha que escolher uma das duas. Não me arrependo, não”, completou.
No programa, Rita Cadillac também fala sobre o início precoce da carreira, as dificuldades de ser mãe solteira, a rixa com outras chacretes, o polêmico episódio com Fábio Porchat, e de seu mais novo trabalho.