Padre Fábio de Melo - Foto: Reprodução/ Instagram Este domingo (20/11) será uma data especial para o padre Fábio de Melo. O religioso estará na Livraria Saraiva
Redação Publicado em 17/11/2016, às 08h52 - Atualizado às 11h34
Este domingo (20/11) será uma data especial para o padre Fábio de Melo. O religioso estará na Livraria Saraiva do Morumbi Shopping, em São Paulo, para lançar oficialmente o livro Humano Demais, sua biografia escrita pelo jornalista Rodrigo Alvarez.
Em um post no Instagram, o religioso comemorou: “Chegou minha biografia. O vivido espremido para caber nas páginas”.
Na obra, Fábio abre o coração e fala de tudo, da infância pobre à paixão que o fez quebrar os votos de castidade meses antes de se tornar padre.
Em uma passagem, ele relata que se apaixonou duas vezes. A primeira foi na adolescência, um romance que não vingou. A segunda vez, quando conheceu uma mulher mais velha (ela tinha 25 e ele 22), o amor falou mais alto, e Fábio de Melo quase trocou a batina pela vida de casado.
Com o namoro, surgiu a vontade de ser padre também. A coisa só não foi para frente porque a mulher (que hoje é casada e não terá sua identidade revelada) decidiu se mudar de cidade e acabar com o relacionamento; “Nasceste pra ser padre… Segue a tua vida!”, disse.
No livro, Fábio também relata parte da infância na lavoura de café, e quando trabalhou vendendo doces, como entregador de pão e de ajudante de pedreiro. A obra relembra também os atos violentos do pai, que sofria de alcoolismo, e a trágica morte da irmã, em 1996, após um acidente de ônibus.
O coletivo em que Heloísa estava perdeu o controle e caiu em um barranco. A jovem morreu ao ser perfurada por um objeto de metal que estava armazenado de forma irregular. Quando o acidente aconteceu, ele tinha 25 anos. Nas páginas, ele revela que carrega esta dor até os dias de hoje.
A luta contra uma Hepatite que quase tirou sua vida também está na biografia. Quando estava com 35 anos, Fábio de Melo quase morreu por causa de um diagnóstico errado.
Com dores no corpo, ele recebeu o diagnóstico de artrite e foi medicado com anti-inflamatório. Seguindo sua agenda, Fábio começou a piorar, e quando já não tinha forças nem para falar direita, soube o que tinha realmente: “hepatite aguda, em estágio avançado”.
O livro conta que o padre “chutou a porta do quarto com raiva, dizendo que preferia morrer”. Foram quatros meses de luta até que melhorasse, e a fé nem sempre o acompanhou no período.