Gaby Amarantos em ensaio para a Boa Forma - Foto: Bruna Castanheira/BOA FORMA Gaby Amarantos usou sua página no Instagram, nesta sexta-feira (11/11), para
Redação Publicado em 11/11/2016, às 15h39 - Atualizado às 15h40
Gaby Amarantos usou sua página no Instagram, nesta sexta-feira (11/11), para comemorar a capa da edição de novembro da revista Boa Forma, .
Em sua página na rede social, a paraense mostrou parte dos bastidores de seu ensaio, e aproveitou para fazer um desabafo:
“Aceita, Brasil! Vai ter negra com curvas nas capas de revista, sim! Vai ter cantora/compositora de sucesso que veio da periferia, sim! Vai ter feminista lutando pela igualdade, sim! Vai ter apresentadora de programa de moda, sim!, Vai ter atriz, modelo, estilista, fashionista e tudo, porque eu posso ser tudo o que eu quiser. E isso é só o começo, vai ter muito mais lacração!”, escreveu.
A cantora posou para a revista na companhia da atriz Sophia Abrahão, e da atleta fitness Bella Falconi. Na publicação, o trio relata alguns tipos de preconceitos que sofreram por não se adequarem ao estereótipo de beleza imposto pela sociedade.
A publicação propõe um “verão democrático”, e pede que todas as mulheres assumam a beleza natural do corpo, que não deixem de ir à praia ou de fazer qualquer coisa por causa do shape.
Durante o ensaio fotográfico, Gaby se emocionou várias vezes: “É um sonho fazer a capa da Boa Forma – pelas minhas curvas, pelo meu turbante… Sei o que significa: a libertação de muitas mulheres!”, vibrou.
Em sua página no Instagram, ela postou a capa da revista e aproveitou para desabafar:
“Meu corpo é fitness, meu exemplo é de saúde e o biquíni existe para todas nós, então pegue seu corpitcho, bote o fio dental/asa delta e vá causar nas praias desse Brasil. Seja magra, plus, com gordurinhas localizada, cicatriz, queimadura o que for, se ame. Vamos continuar a dar o grito de liberdade e um foda-se aos padrões, pois queremos ver mais mudanças para melhor”, completou.
Rapidamente a postagem de Gaby Amarantos foi ganhando o apoio dos seguidores, incluindo também famosas como Taís Araújo, Juliana Alves e Suzana Pires.
A cantora paraense conta que sofreu na adolescência por vergonha do corpo.
“Eu era muito desenvolvida para a minha idade. Ficava tão incomodada que tentava me esconder por trás de roupas.” Após apelar para as “dietas infalíveis” e pesar 100 quilos, Gaby encontrou um meio termo quando resolveu parar de se comparar a padrões de beleza e entendeu que pratos balanceados também podem saciar o apetite e abandonou os excessos.
“Claro que fico muito contente quando entro em uma roupa que não me servia. Essa sensação está ligada à autoestima. Mas você pode ser feliz do jeito que é, como eu sou com meu manequim”, garante a paraense.
Já Sophia Abrahão, por sua vez, revelou que, durante a adolescência, escondia o corpo por se achar magra demais. Era motivo de chacota por não se encaixar nos padrões.
“Minha autoestima era bem baixa. Evitava mostrar as pernas e até já cheguei a usar duas calças e cinco sutiãs para dar mais volume às curvas”, relembra. “Acho que esse drama se reflete até hoje em mim, às vezes me sinto estranha colocando biquíni”.
Hoje, a atriz não relaxa nos cuidados. E busca metas reais para o desenvolvimento gradual do corpo. “A cada 15 dias, eu mando fotos para o coach online de frente, de lado e de costas para ele avaliar as mudanças e adaptar os exercícios de acordo com meu objetivo. Agora, por exemplo, faço musculação, de três a quatro vezes por semana, com muitas repetições e pouca carga.”
Bella Falconi também não escapou das críticas: “Quando engravidei, decidi que continuaria a malhar. Sabia que enfrentaria críticas e me preparei para elas.”
A atleta teve de lidar com comentários pesados num momento tão delicado, com hormônios à flor da pele.
“Quando contei que ia mudar a dieta para algo menos restritivo, depois de a Vicky nascer, também recebi apoio e rejeição. Não existe fórmula mágica para lidar com os ataques, porque somos feitos de sentimento, temos altos e baixos. Perdi a conta de quantas vezes chorei, quis apagar o post e desistir de tudo. Mas não sou de me conformar. Usei as dificuldades como combustível”, completou.
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