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“Já trabalhei desentupindo privada”, relembra Jéssica Ellen, de Justiça

Jéssica Ellen - Foto: Reprodução/ Instagram Interprete de Rose na minissérie Justiça, a atriz Jéssica Ellen ralou bastante até conseguir viver de sua arte.

Jéssica Ellen - Foto: Reprodução/ Instagram
Jéssica Ellen - Foto: Reprodução/ Instagram

Redação Publicado em 08/09/2016, às 12h22 - Atualizado às 12h25

Interprete de Rose na minissérie Justiça, a atriz Jéssica Ellen ralou bastante até conseguir viver de sua arte.

Antes de seu primeiro trabalho na TV, na pele de Rita, em Malhação (2012), ela contou que trabalhava como assistente de limpeza em um restaurante de shopping no Rio de Janeiro.

Participante do programa Jovem Aprendiz, a atriz ficou sem saída por não saber lidar com o computador, e resolveu encarar o trabalho, segundo revelou em entrevista ao site Ego.

“Já trabalhei desentupindo privada de restaurante. O banheiro do restaurante entupia e eu ia lá e tentava horas desentupir. Ganhei até um prêmio como funcionária do mês, que se destacou porque não tinha medo de desentupir banheiro”, disse Jéssica.

À publicação, a atriz contou que as pessoas se surpreendiam ao vê-la trabalhando como faxineira:

“Me lembro que muitas vezes, quando eu estava limpando o chão, ouvia de clientes que eu era muito bonita para ser faxineira e que eu devia ser modelo. Algumas pessoas se surpreendiam porque eu falava inglês, algo que aprendi com bolsa e em projetos sociais, e era uma ‘faxineira’. Cresci arrumando minha casa, vendo minha mãe como empregada doméstica, até hoje com 52 anos, e eu não tenho frescura”, explicou.

Jéssica Ellen em cena da minissérie Justiça – Foto: Reprodução/ Instagram

Vítima de preconceito e racismo na ficção, Jéssica contou que nunca passou por uma situação tão gritante quanto a de sua personagem, e entende que falar sobre o assunto na televisão é importante para reeducar as pessoas.

“É fundamental falar de racismo, eu falo bastante até. Vivemos num país que é racista sim, que é homofóbico, machista, e a se a gente não falar e não reeducar as pessoas, muitas piadas vão continuar existindo. Tenho amigos meus que falam ‘neguim’ fez aquilo, ‘neguim’ fez tal coisa ruim. E eu pergunto pra eles: ‘Por que não branquim?’. Aí eles percebem que estão falando algo que pode ser preconceituoso”, completou.