Zezé Polessa em "Liberdade, Liberdade" - Foto: Globo / João Cotta Zezé Polessa comentou com bom humor algumas cenas que considera difíceis no papel de Ascensão
Redação Publicado em 23/05/2016, às 16h36
Zezé Polessa comentou com bom humor algumas cenas que considera difíceis no papel de Ascensão em Liberdade, Liberdade. Em entrevista para o jornal Extra, a atriz, que é formada em medicina, revelou que fica surpresa com alguns textos da trama que recebe.
“Tem umas coisas que Mário (Teixeira, autor da novela das 11) escreve para mim que só podem ser de propósito. Quando li ‘Ascensão acha um cadáver no rio e constata que ele não morreu afogado porque o pulmão está seco’, logo pensei: só falta ele me fazer enfiar a mão no cadáver! O que ele não sabe é que eu larguei a medicina porque desmaiava com sangue!”, declarou a atriz.
Ela ainda contou como foi gravar a cena em que sua personagem da trama socorre Virgínia (Lilia Cabral): “Precisei dar um ‘corte’ no braço de Rosa (Andreia Horta) e fazer uma transfusão de sangue entre as duas. Comecei a ficar tonta, a ter teto preto. Aí uma alma caridosa dos bastidores percebeu que eu não estava bem e se aproximou, frisando: ‘Zezé, não esquece que esse sangue aí nada mais é do que xarope de groselha misturado com chocolate e açúcar’. Eu estava com a mão cheia daquilo e comecei a lamber para me acalmar. É bem melhor brincar de médica na novela do que na vida real…”.
Além disso, Zezé revelou que entregou seu diploma universitário ao pai e resolveu seguir sua carreira artística: “Nunca quis me dividir, acho que são escolhas absolutas. Ou você é uma grande médica ou uma grande atriz, no sentido de entrega mesmo. Eu fazia teatro desde criança, era apaixonada por isso, e me encantei pela medicina porque tinha curiosidade pelo funcionamento do corpo, por ajudar as pessoas e salvar vidas. Mas descobri que o teatro também promove a saúde mental”.
Interpretar a bruxa de Liberdade, Liberdade abre outros desafios para a atriz: “Estou encantada com as possibilidades que essa personagem tem me trazido. A Magnólia de Império (2014) era uma pândega, hilária! Agora, entrei numa onda mais séria, densa. Quando a trama é contemporânea, eu prefiro fazer comédia. Mas, se a novela é de época, adoro um drama”.
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