Eduardo Graboski Publicado em 03/12/2024, às 16h13
Superprodução da Netflix, a série “Senna” conta a história do herói das pistas. Dividida em seis episódios, a produção vai da infância à trágica morte de Ayrton Senna (1960-1994), o piloto que fez o Brasil vibrar na Fórmula 1.
A narrativa é forte, rica em detalhes e é capaz de aproximar até mesmo quem não viveu a era Senna. A série emociona em vários momentos, mostra um lado mais humano do piloto e explica como ele conseguiu popularizar um esporte tão elitizado. É empolgante!
Com um orçamento de R$ 250 milhões, a série capricha nos figurinos e cenários, tem um tempero brasileiro com atores talentosos e traz a evolução do piloto de forma fluida e fácil de entender, mostrando seu heroísmo no esporte, vida pessoal, além de conflitos com outros pilotos e até organizadores das provas.
Mas, a série erra feio ao excluir Adriane Galisteu da história, até então namorada de Senna. É uma tremenda injustiça, afinal, ela faz parte da biografia do piloto. E isso é inegável. Inclusive os dois estavam juntos na época do acidente. Tudo indica que a própria família de Senna tenha restringido as cenas dela.
O fato é que a família de Senna precisa superar isso e admitir que Galisteu fez – e faz – parte da vida e da história dele. E por isso merece respeito e citações em todas as obras relacionadas ao piloto. Essa antipatia pela apresentadora é vergonhosa, desleal e mesquinha. E mais: cria ranço contra a própria família.
Se realmente houve alguma restrição quanto à Galisteu, errou também a Netflix ao aceitar isso. Afinal de contas, o público deve ser respeitado quanto a integridade da história, doa a quem doer, e acima de qualquer outro interesse. No fim das contas, a série causa indignação por conta disso.
Ainda assim, Ayrton Senna é muito mais que uma relação, um namoro, e muito maior do que toda essa polêmica criada. Por isso, a série vale a pena ser assistida e apreciada. A produção deve render prêmios à Netflix, ainda que tenham tentado apagar ou esconder parte da vida de Senna.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.
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