Sexóloga ensina a ter mais prazer na “hora H”
por Danni Cardillo
Publicado em 21/08/2024, às 17h14
Vamos falar de prazer? Se você ainda não me conhece, sou a Danni Cardillo e me conecto com você toda semana aqui no CENAPOP para falar de sexo, relacionamentos e afins. Sou especialista no assunto, criadora +18 e sexóloga com formação. E hoje quero falar sobre prazer anal para os homens.
Mas, Danni, anal não é para mulheres? Vamos desmistificar isso agora mesmo!
Dia desses me deparo com a declaração do Pedro Scooby sobre o tal “beijo grego”, a prática de lambar e/ou beijar o ânus do parceiro. Você já conhece, né? Ele disse que curte e que “acha maneiríssimo”. E eu, como especialista, concordo. Afinal, não há nada de errado nisso. Vou explicar.
O ânus é uma das regiões do corpo mais sensíveis. Existem milhares de terminações nervosas ali e por estar próximo dos testículos – órgão muitas vezes ignorado nas carícias na hora do sexo, mas esse é tema para uma próxima – acaba gerando mais excitação e prazer. É algo físico, do corpo humano mesmo. Por isso, todo homem vai sentir tesão com um beijo ou linguada lá.
Sem preconceitos e tabus, qualquer homem pode chegar ao orgasmo com o ‘beijo grego’, ainda que não tenha penetração, por exemplo. E a fala do Pedro é muito oportuna, pois desmistifica uma série de questões sobre masculinidade. Ora, se o homem tem fetiche por isso, não significa que ele não é hétero.
Precisamos separar as coisas e entender que prazer é diferente de sexualidade. Ou melhor, sentir tesão é diferente de orientação sexual. Um homem pode ter prazer anal, mas não ter vontade de se relacionar com outro do mesmo sexo, por exemplo. E está tudo bem. Isso deve ser normalizado.
Aliás, a declaração do Pedro Scooby desmistifica também as questões de inversões da vida para cama como já acontece entre os casais. Sim, muitas mulheres são ativas na “hora H”. E isso é completamente natural do ponto de vista do prazer e do tesão. Se ambos se permitem e se sentem bem, qual o problema?
O ponto mais importante, portanto, é o consentimento dos parceiros. Não só o homem precisa estar à vontade para a prática, mas a mulher também. E nesse ponto é preciso abandonar crenças limitantes e certos preconceitos. Vale a pena exercitar isso, afinal, vale tudo pelo prazer!
Aliás, como sexóloga, gosto sempre de falar: o bom de não ter preconceitos e amarraras é que podemos explorar o corpo todo, sem restrições, turbinando as sensações que ele pode trazer, além de potencializar o prazer e o tesão. Só se tem vida sexual saudável quando nos libertamos e nos permitimos.
Nas minhas sessões, consultas e posts nas redes sociais, digo sempre que o prazer não tem limites, desde que haja respeito e consenso entre os parceiros. Mais do que isso, é preciso experimentar, explorar e se jogar entre quatro paredes. Quer saber mais? Me siga no @danni_cardillo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.