Kathryn mostrou danos dolorosos ao tratar de pacientes com Covid com fotos em um intervalo de 8 meses
Redação Publicado em 25/11/2020, às 10h54
A recém-formada enfermeira, Kathryn (27) compartilhou uma foto recém tirada antes de se formar em abril ao lado de uma imagem recente de seu rosto com marcas após usar proteções durante seu turno do fim de semana.
A imagem foi compartilhada aproximadamente 52 mil vezes no Twitter, com diversas pessoas dizendo que a foto de Kathryn serve para destacar as tensões que os médicos e enfermeiros que tratam de pessoas com coronavírus estão enfrentando.
Trabalhando em uma hospital no Tennessee, Kathryn disse que a pior cicatriz - a ferida vermelha em seu nariz - geralmente desaparece a tempo de ela começar seu próximo turno de 12 horas e meia. De acordo com o site britânico Metro, Kathryn revelou: "Sa´bado a noite eu estava no meio de um turno, tinha acabado de sair do quarto de um paciente e tirei toda a proteção", ela comenta "Eu tinha a imagem na minha cabeça da formatura e queria mostrar a diferença do que apenas alguns meses pode fazer, e a realidade de ser uma enfermeira em uma pandemia".
"Geralmente a maioria das marcas somem em algumas horas, mas há uma em meu nariz que desaparece bem a tempo de iniciar meu próximo turno", revelou a enfermeira. Kathryn disse que o hospital em que trabalha experienciou um aumento repentino de casos de Covid em julho e que agora já está no meio de outro. Ela acredita que as coisas irçao piorar ainda mais quando as pessoas se encontrarem no Natal e no Dia de Ação de Graças e está resignada em ver o aumento de casos até então.
A enfermeira explicou: "Eu já aceitei o fato de que as coisas estarão piores ainda em algumas semanas, mas eu quero que isso aconteça agora para que possamos nos livrar disso". Ela ainda disse que todos então em um tipo de 'modo desastre', o tempo todo ela foi enfermeira e não tem ideia de como seja ser uma enfermeira em circunstâncias normais.
"Estamos lidando com muita desinformação e muitas teorias da conspiração que afetam diretamente o que fazemos todos os dias. Agora há um antagonismo entre médicos, enfermeiros e o público em geral que não existia antes". Kathryn também disse que ela e os colegas tentaram repetidas vezes combater as desinformações sobre a Covid, mas com puco proveito. O hospital em que ela trabalha está agora com a capacidade ma´xima de pacientes com Covid e recentemente turnou o espaço do escritório com camas extras para tentar lidar com mais pessoas doentes.
Explicando o horror que ela lida diariamente, Kathryn disse que a essa altura da pandemia, os profissionais da saúde sabem o curso clínico que um paciente fará e ainda não podem dizer a respeito disso. "Estamos sentados assistindo a saturação do oxigênio dos pacientes cair, não há nada mais que possamos fazer, mas o oxigênio está caindo. Isso é uma coisa muito difícil, saber que existe uma pessoa saudável antes da Covid e agora temos que vê-la morrer", desabafou a enfermeira.
Kathryn revela que há familiares morrendo em questão de semanas entre eles e pessoas que são jovens também. Pacientes idosos entubados que não estão vivos, nem mortos.
Os EUA registrou cerca de 12,3 milhões Covid e 257 mil mortes. O estado natal de Kathryn registrou 334 mil casos e 4.220 mortes.
How it started How it's going pic.twitter.com/cg32Tu7v0B
— kathedrals🇺🇸 (@kathryniveyy) November 22, 2020
COLUNISTAS
Eduardo Graboski
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