Patrícia Kreusburg posou para a revista em 2006
Redação Publicado em 29/03/2021, às 05h51
Capa da Playboy em 2006, a ex-comissária de bordo Patrícia Kreusburg, de 45 anos, falou de sua luta contra o câncer de ovário, diagnosticado em 2019.
Após meses de tratamento, seis sessões de radioterapia e uma cirurgia de 10 horas, ela pôde festejar a cura em fevereiro do ano passado. A experiência, segundo ela, serviu como um pontapé inicial que fez despertar a vontade de ajudar outras mulheres.
“Aceitei isso como uma forma de expurgar essa coisa de mim e recomeçar. Hoje, eu posso dar força para outras mulheres que estão começando a passar por isso”, explicou ela, a Lucas Hit, do Clube da VIP.
No bate-papo, Patrícia contou que a doença já estava em um estágio avançado quando descobriu o problema, que estava “focada em sobreviver” e nem um pouco preocupada com a sua aparência física.
“A gente nunca imagina que isso vai acontecer. Fazia meus exames regularmente, mas o câncer de ovário é difícil de detectar. É um câncer perigoso porque não tem sintomas no começo, só quando está mais grave. Mas encarei de frente. Fiquei muito inchada por causa da quantidade de remédios, perdi todos os pelos do corpo, mas não estava preocupada com isso. Estava focada em sobreviver”, explicou.
Patrícia revelou ainda que entrou na menopausa precocemente e precisou passar por cirurgia para retirar os ovários, trompas e útero.
“Ser mãe nunca foi um grande desejo, mas tive que digerir isso também. Bateu no meu psicológico e busquei ajuda com um profissional”, disse ela, que contou com o apoio do marido, João, na hora em que precisou. Durante a longa cirurgia ela sofreu uma parada cardíaca. Ao lembrar, ela diz que ressuscitou: “Morri e voltei”, contou.
Salário atrasado ajudou na decisão do ensaio
Comissária de bordo da Varig na época em que posou nua para a Playboy, Patrícia contou que o fato de estar com os salários atrasados a fez aceitar o ensaio. Na capa e no recheio, ela aparece ao lado de outras duas comissárias: Sabrina Knop e Juliana Neves.
O cachê, segundo ela, ajudou a pagar por estudos e também a comprar um carro.
“Comprei um carro popular e paguei meus estudos. Fiz mestrado em turismo e consegui me bancar em outra cidade com o dinheiro”, revelou Patrícia, que hoje trabalha como professora e coordenadora na área de turismo no litoral sul de São Paulo.
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