Mulheres reais e gostosas: a delícia que é não ligar para o etarismo

Danni Cardillo fala sobre a importância do amor-próprio

Danni Cardillo Publicado em 04/10/2024, às 14h38

Danni Cardillo falou sobre etarismo e a importância do amor-próprio - Foto: Reprodução/ Instagram@danni_cardillo

Vamos falar de prazer? E de autoestima também! Muito se discute sobre etarismo nos dias de hoje. Para quem não sabe, é o preconceito por causa da idade. E isso tornou-se ainda mais comum, claro, com as mulheres. Algo totalmente condenável, machista e prejudicial para todos. Por isso quero falar sobre isso. Vem comigo nessa reflexão.

A verdade é que ninguém – e isso vale para mulheres e homens – deve se encaixar em padrões, opiniões e ‘regrinhas’ impostas pela minoria. Sim, o etarismo, por exemplo, vem de uma parcela mínima das pessoas. E aqui entra a importância de praticar e valorizar o amor-próprio, se aceitar e fugir de padrões.

Talvez você saiba, talvez não. Mas além de sexóloga sou criadora +18. E quando posto algum vídeo mais hot nas minhas redes, algumas pessoas comentam: Danni, você tem a autoestima muito elevada! Não! Eu tenho amor-próprio, eu me respeito. Eu respeito a minha essência e aquilo que sou. E me permito.



Quando você entende isso, e valoriza quem você é (essência e aparência), sua vida muda. É libertador! Só então percebe que o etarismo não limita nada e que não existe aquela coisa de isso pode e aquilo não. As regras caem por terra, não existe certo ou errado. Não existem mais padrões.

Quando eu coloco um biquíni micro ou faço uma marquinha de biquíni, eu quero mostrar para as mulheres que podemos impor uma nova realidade sem medo de rótulos, sem medo de ser feliz. Quero mostrar que podemos fazer aquilo que desejamos, sem cair em padrões. E esse recado é, principalmente, para as mulheres +40 assim como eu. É uma revolução!

A marquinha de biquíni para nós, mulheres +40 por exemplo, é muito mais do que um simples bronzeado. Para mulheres fora do padrão imposto pelo etarismo ela se torna um símbolo poderoso de resistência e liberdade.

Numa sociedade que dita constantemente como os corpos devem ser, exibir uma marquinha ou usar uma roupa ousada – que marca e valoriza o corpo – significa desafiar essas normas e afirmar a própria existência. Mulheres que abraçam suas curvas, suas peles e suas particularidades enquanto cultivam esse detalhe visual, estão declarando seu direito de amar a si mesmas em todas as suas singularidades.

Vivemos em uma cultura ambivalente, onde o amor-próprio é incentivado, mas condicionado a um padrão específico de beleza. A marquinha de biquíni, porém, não faz distinção de corpos. Ela celebra a melanina em dia e o erotismo que nasce da confiança em si mesma.

Para quem não se encaixa nos moldes tradicionais, cada centímetro de pele marcada pelo sol nos inclui como parte sagrada da natureza. Assim como toda mulher foi criada dissesse: "Eu estou aqui, plena, e sou digna de ser admirada e desejada. Me sinto gostosa assim, me aceito e me amo".

Essas mulheres sim exercem um poder silencioso, mas transformador, tanto sobre si mesmas quanto sobre a sociedade. Elas mudam narrativas e conceitos, mostram que a autoestima não deve ser limitada por uma visão estreita de beleza, e que o erotismo vai muito além da aparência física.

Para os apaixonados por corpos reais e pela melanina que brilha ao sol, a marquinha é um convite a enxergar a beleza de forma mais ampla, mais autêntica, e mais diversa. E por que não mais madura?

Por isso, encorajo você mulher a colocar seu melhor biquíni para ir à praia ou, se olhar no espelho, e dizer: “Eu sou linda, sou maravilhosa e real! Sou de verdade e vou me amar assim. Sem sofrimentos, sem medo, sem me prender a padrões”.

Porque se tem uma coisa que eu, Danni Cardillo, entendo é de homem. Nesses anos todos como sexóloga e criadora +18, observo o comportamento humano e sei que eles amam mulheres de verdade. Ouço isso todos os dias no meu consultório. Portanto, liberte-se, seja feliz e viva com mais prazer!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.

Etarismo Danni Cardillo