Eterna musa do carnaval carioca, Solange Gomes falou sobre drogas, a vez em que ficou abalada após sofreu assédio sexual, os bastidores da Banheira do Gugu e o trabalho em uma boate...
Redação Publicado em 22/10/2019, às 13h40 - Atualizado em 24/10/2019, às 15h12
Eterna musa do carnaval carioca, Solange Gomes bateu um papo com o CENAPOP e falou abertamente sobre drogas, a vez em que ficou abalada após ser vítima de assédio sexual, os bastidores da Banheira do Gugu e o trabalho em uma boate que ela classifica como “a pior fase de sua vida”.
Símbolo sexual na década de 90, a empresária acaba de lançar sua biografia, Sem Arrependimentos, no qual conta sua história de glorias e batalhas – do tempo em que era a “musa fixa” do quadro apresentado por Gugu Liberato até a época em que se viu sem saída e, grávida, resolveu aceitar o trabalho de stripper em uma boate.
“Quando a gente decide ser mãe [ela é mãe de Stephanie Gomes, de 19 anos], tem que ser de verdade, mesmo com as dificuldades, sem homem do lado e sem dinheiro. Foi o que eu fiz. Eu quis a minha filha, mesmo sabendo do fim do contrato com o SBT, sem o pai dela comigo… fui à luta. Fui da forma que pude naquele momento. Quando fiquei grávida tive que sair do programa, estava totalmente sem dinheiro, sem grana, e fui fazer show de stripper. Não me envergonho disso, fiz por ela, e se precisasse faria de novo. Por ela, não teria vergonha”, garantiu.
“Naquele momento da minha vida, que eu estava grávida e precisava me apresentar fazendo stripper, eu passava muito mal. Aquele cheiro de boate, as pessoas fumando… Eu saia dos shows e pedia para o motorista parar no caminho para eu vomitar. Passava muito mal, era muito ruim. Não era legal. Hoje ir a um lugar assim não me assusta em nada, não acho pesado e nem feio”, explicou.
Muito cobiçada, Solange brilhou na Sapucaí por mais de duas décadas. Dona de um corpo escultural, ela contou que foi assediada sexualmente por um diretor de uma escola de samba que achava que ela “estava à venda” e isso a deixou profundamente abalada.
“Sofri muito assédio na época, na década de 90. Cheguei a me acostumar com isso. A mulher é bonita, posa nua… As pessoas pensam que você está à venda, que é um produto, e não é assim. Dentro da escola de samba foi onde aconteceu o pior caso. Teve um diretor que cismou comigo, eu não quis nada com ele, e então ele começou a fazer bullying comigo, colocou várias pessoas contra mim. Tudo porque não quis ter um caso com ele. Isso me deixou abalada e eu deixei a escola”, lembrou.
Musa fixa por um período no quadro Banheira do Gugu, Solange contou que “se achava” na época e que sabia que as outras musas queriam seu lugar. Apesar da rixa, ela contou que era bem tranquilo trabalhar na atração, mas que houve convidados que “exageraram na brutalidade”:
“Não era tenso trabalhar na Banheira, era tranquilo. Os convidados famosos na época eram educados. As outras musas eram convidadas porque estavam lançando uma revista ou algo do tipo, eu era fixa, isso não era um problema. Dos convidados, o Anderson, do Grupo Molejo, e o Vavá, do Karametade, passaram dos limites. Me pegaram com muita brutalidade na banheira”, lembrou.
Com muitos altos e baixos na vida profissional e pessoal, Solange contou que se orgulha muito por nunca ter se envolvido com nenhum tipo de droga ilícita.
“Eu me orgulho muito de nunca ter me envolvido com drogas. Nem uma maconha inofensiva. Devo isso muito a minha mãe e passo para a minha filha. Me orgulho muito disso. No meu livro não há uma passagem sequer falando sobre drogas porque nunca usei”, completou.
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Eduardo Graboski
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