Chiquinho Medeiros, diretor de teatro, morre aos 71 anos

Chiquinho Medeiros, um dos mais celebrados diretores de teatro do país, morreu ontem (16/10) aos 71 anos. Ele lutava contra um câncer há dois anos.

Medeiros se encontrava internado desde o final do mês de setembro no hospital AC Camargo, que fica no bairro da Aclimação, em São Paulo.

Há dez anos, ele havia sido diagnosticado com um tumor na próstata, tratou-se e conseguiu vencer a primeira batalha; no entanto, a doença voltou em 2017 e desde então ela se espalhou pelos ossos. O velório de Chiquinho acontece hoje (17/10), no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, a partir das 10 horas. O corpo deve ser cremado no cemitério da Vila Alpina no fim da tarde.

Nascido em 1948, Chiquinho Medeiros se tornou uma revelação dos palcos paulistanos no final dos anos 70, tendo se especializado em obras teatrais de dança. Criou espetáculos para o Ballet Stagium e também para as famosas bailarinas Ruth Rachou e Maria Duchenes. Em 1984, produziu uma de suas maiores obras: Artaud, O Espírito do Teatro, de José Rubens Siqueira, com os atores Elias Andreato e Giuseppe Oristanio no elenco – a peça rendeu a ele o Prêmio Molière.

Sua última peça foi em 2018: Extinção, ao lado de Marcio Aurélio, para o solo de Denise Stoklos e entrou em cartaz em 2018. Além da carreira consolidada, o artista também foi crítico de teatro para crianças e prestava consultoria para grupos de teatro e dança do interior do estado de São Paulo.