Danilo Mesquita interpreta Valentim na novela Segundo Sol - Foto: TV Globo/ João Cotta Intérprete de Valentim, filho de Beto Falcão (Emílio Dantas), na novela
Redação Publicado em 23/06/2018, às 16h46 - Atualizado às 17h09
Intérprete de Valentim, filho de Beto Falcão (Emílio Dantas), na novela Segundo Sol, Danilo Mesquita diz ter passado por muitos perrengues no início de sua carreira.
Aos 26 anos, o ator contou que saiu de Salvador, sua cidade natal, aos 18 anos, e foi para o Rio de Janeiro estudar teatro no Botafogo.
Morando na Ilha do Governador e na Penha, Danilo passava pelo menos cinco horas no ônibus [para ir e voltar] todos os dias:
“Passei todos os perrengues de quando você sai de casa cedo para outro estado sozinho, sem ninguém do lado. Sempre morei longe; estudava teatro em Botafogo, na Zona Sul, e morava na Ilha do Governador e na Penha”, contou ao site da revista Quem.
Sem dinheiro para comer fora de casa, passava o dia sem se alimentar:
“Eram duas horas e meia para ir e duas horas e meia para voltar no trânsito. Sou de uma família pobre, então não tinha dinheiro para comer na rua. Você fica o dia inteiro só esperando para chegar em casa para comer”, relembrou.
Segundo Danilo, as dificuldades serviram de combustível para que ele pudesse correr atrás de seus objetivos:
“Passei essas coisas que todo mundo passa e que é importante passar. E acho massa que passei, tem tudo a ver com você correr atrás. Isso te dá forças para você conseguir suas coisas. Quando você consegue, você dá valor, sabe que não foi à toa, que foi batalha sua”, opinou.
Muitos quilômetros longe da família, Danilo explicou que a solidão é outro problema que ainda enfrenta na empreitada:
“Às vezes você quer só um abraço de uma pessoa que te ame 100%. Mas posso reclamar, sou gaiato, sou ousado e faço amizade com todo mundo. Sou cheio de amigos aqui, que são minha família aqui. Já tenho raízes no Rio, essa dor é um pouco mais tranquila hoje”, disse.
Apesar de viver bem no Rio de Janeiro, o ator contou que sofre e sente muita saudade da Bahia:
“É falar da Bahia e começo a chorar. Eu sinto falta de tudo, apesar de viver muito bem no Rio. Sofro muito com comida aqui no Rio, acho que é cara e muito ruim. Tem restaurantes ótimos, mas sou pobre e não posso pagar os bons”, contou.
“Sinto falta do tempero, da comida da minha mãe, da minha família inteira, do meu bairro, do meu condomínio. Fui criado em um bairro onde minha avó mora há quarenta anos, onde todo mundo me conhece. Chego lá e fico sem camisa, descalço. Fico do lado deles, e é o sentimento de maior amor do mundo. Posso estar tranquilo que ninguém vai me fazer mal”, completou.
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