Luís Miranda fala sobre carreira, racismo e homossexualismo no Universo da Cris - Foto: Reprodução/ YouTube Convidado do último Universo da Cris, programa para
Redação Publicado em 13/02/2018, às 15h44
Convidado do último Universo da Cris, programa para YouTube comandado pela empresária Crisciane Rodrigues, Luís Miranda relembrou o início de sua carreira, falou sobre racismo, e desabafou ao falar sobre homossexualismo.
Na atração, o humorista contou que a vontade de ser ator surgiu aos 14 anos, e que aos 18, ele veio para São Paulo em busca de realizar seu sonho:
“Eu fui morar em São Paulo, fui sem nada. Morei 16 anos lá. Quando eu estou entrando no metrô, naquela busca desesperada de procurar alguma coisa para fazer, encontro meus amigos. Eles estavam dando aula de lambada, e me convidaram. Trabalhei como professor de lambado durante um ano. Ganhei um dinheiro que eu jamais tinha imaginado”, revelou Luís.
“Em seguida eu já consegui entrar na USP, me formei [em Artes Cênicas] e depois a vida foi acontecendo. Foi um período ótimo”, continuou.
No bate-papo, o humorista também falou sobre preconceito e racismo:
“Eu sofri [preconceito], mas foi muito pouco. Talvez porque o artista é visto como uma figura que é quase folclórica, quase intocável”, opinou.
“A questão da cor, eu devolvo. Isso não está em mim, isso esta no outro. Então, nessa hora, a gente tem que fazer um espelho, entendeu? A pessoa é que tem que se enxergar como racista, como intolerante”, continuou.
Ao falar sobre as barreiras invisíveis do humor, Luís Miranda foi categórico:
“Isso é uma polêmica e a gente está sempre batendo de frente. O humor tem sim responsabilidade, tá? É preciso fazer humor com o mínimo de respeito, para que não se ofenda ninguém. Pode-se brincar com tudo, com gay, com gordo, com grávida, com todo mundo, só não pode depreciar. Dá para brincar com todo mundo quando a gente respeita”, contou.
Ao falar sobre homossexualidade – que ele assumiu em 2014, em entrevista à Contigo! – o humorista contou:
“Tem uma importância extremamente relevante em determinadas posições que é o seguinte: toda vez que alguém sai do armário, ela automaticamente ajuda e puxa outro alguém a sair de lá. Alguém que estava maltratado, humilhado, que estava se machucando e estava sendo ferido. Porque se julga que a posição sexual de alguém pode interferir no rendimento, no crescimento e em sua vida social. Isso não existe”, declarou.
“Uma pessoa declaradamente homossexual pode fazer cena uma cena hétero, pode fazer cena feminina, qualquer coisa. Ele é um artista, isso não tem nada a ver com suas preferências”, completou.
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