Márcio Fecher e Baal- Foto: Caio Tiburtino/ Divulgação e TV Globo/ Raphael Dias/ Gshow Nonato (Márcio Fecher) foi um dos confinados de Supermax que mais mudou
Redação Publicado em 01/12/2016, às 10h55
Nonato (Márcio Fecher) foi um dos confinados de Supermax que mais mudou desde que a minissérie começou a ser exibida; ele passou de religioso ferrenho a um homem amargurado e demoníaco.
Após contrair uma doença misteriosa no coração da Floresta Amazônica, ele perdeu a família, a fé e ficou profundamente abalado. A cura encontrada através da radiação de uma caverna acabou transformando-o em um ser monstruoso chamado Baal.
Para dar vida ao personagem, Márcio precisou se livrar de todos os pelos do corpo.
“Após a última cena de Nonato nasceu o Baal. Me raspei inteiro e comecei a dar a vida a todo aquele conteúdo que estava pulsando dentro de mim”, diz o ator.
“Eu colocava as lentes de contato, me cobria de barro e ia entendendo o que o Alvarenga [diretor artístico] e os roteiristas tinham imaginado. Era um ser humano que tinha mudado de valores, não era uma questão de perder a fé, mas mudar completamente o foco de sua energia”, continuou.
A mudança radical foi motivo de estranhamento em casa. A família, segundo contou o ator ao Gshow, não gostou muito da mudança no início:
“Foi difícil para minha mulher e minha filha. Eu sou careca, mas ficar sem pelo nenhum no corpo foi bastante estranho. Quando eu saia na rua as pessoas ficavam com pena de mim, me deixavam passar e coisas do tipo, mas depois disso nos divertimos muito…Muito mesmo!”, relembra.
Repleto de conflitos internos, a transformação de Nonato precisou ser estudada a fundo pelo ator, que explica quem é o personagem. “Baal é um ser humano antes de tudo, que se intitula Baal. Ele é um ser humano crente, que realmente crê naquilo que lhe parece certo. Não podemos esquecer que Baal antes era Nonato, por isso, humano, não um misterioso monstro que apareceu do nada”.
Com o surgimento de Baal, a vida dos outros confinados de Supermax deverá piorar consideravelmente.
“Ele perdeu a razão. Perdeu o poder de se vincular às pessoas pelo amor. Ele criou um objetivo, que é multiplicar o seu exército. Claro que, como ser humano, eu realmente acho um personagem mal, afinal, ele mata pessoas”, revelou o ator.