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Juca de Oliveira, intérprete de Albieri, relembra "O Clone": "Audaciosa e comovente novela"

Juca de Oliveira compartilhou as lembranças do set de "O Clone", atualmente em reprise na Globo

Juca de Oliveira interpretou o cientista Albieri em "O Clone", de Glória Perez - Foto: Reprodução / TV Globo
Juca de Oliveira interpretou o cientista Albieri em "O Clone", de Glória Perez - Foto: Reprodução / TV Globo

Redação Publicado em 14/10/2021, às 13h12

Com mais de 60 anos de carreira, Juca de Oliveira diz que o trabalho em "O Clone" é sempre lembrado como um dos mais relevantes da sua trajetória. Na trama de Gloria Perez, ele deu vida a Albieri, um cientista ambicioso e, ao mesmo tempo, apaixonado por seus ideais e pelos afilhados Lucas e Diogo, os gêmeos vividos por Murilo Benício.

Questionado sobre o que sentiu quando soube que a novela seria reprisada 20 anos depois de sua exibição original, o veterano de 86 anos disse ter gostado: "Fiquei feliz, claro! É um motivo de enorme satisfação quando você toma conhecimento da reexibição de uma excepcional novela da qual participou. 'O Clone' é uma obra-prima de Gloria Perez. Foi uma honra ter representado meu personagem", elogiou.

Em seguida, contou qual foi a preparação que fez para interpretar o cientista, peça-chave na história, já que ele foi o responsável pela clonagem dos irmãos:

Abalado e inconformado com a perda do afilhado Diogo, que morre em um acidente de helicóptero, Albieri mergulha na mais audaciosa experiência de sua vida: clonar Lucas, seu irmão gêmeo, e provocar assim uma espécie de ressurreição de Diogo. Por essa história é possível calcular o que foi o nosso trabalho, sempre assessorado por vários cientistas comprometidos com os primeiros degraus da clonagem humana.

Juca também foi questionado sobre o processo de construção do personagem: "O que eu mais recordo foram as experiências em laboratório e os diálogos com os cientistas. Acreditávamos que o texto de 'O Clone', o material que estávamos trabalhando naquela audaciosa e comovente novela, mudaria o destino do homem", declarou.

"O momento mais emocionante foi quando, no laboratório de clonagem, tive o primeiro contato com Diogo vivo! Albieri usa as células de Lucas na formação do embrião e o insere em Deusa (Adriana Lessa), como se fosse uma inseminação artificial comum. E de repente o embrião está vivo e Lucas ressuscitou! Era o milagre da clonagem humana", destacou o ator.

Ele também deu sua opinião sobre quais foram os motivos que levaram Albieri a criar o clone humano: "Ele combinava sua paixão pela ciência com o fascínio pelo desconhecido e a busca incessante do aprimoramento do ser humano", especulou, relatando em seguida qual foi o maior desafio que enfrentou no papel.

O maior desafio foi o contato com vários cientistas que nos assessoravam. É impossível desenvolver a criação de uma personagem como o cientista Albieri sem se envolver emocionalmente. A ovelha Dolly, o primeiro mamífero a ser clonado na Escócia, ainda estava viva quando gravávamos 'O Clone'. Acreditávamos que ela e outros clones humanos aprimorariam a nossa vida social. Não sofreríamos mais. Clones de entes queridos voltariam para a nossa alegria e felicidade.

"O Clone" também foi destaque na longa carreira de Juca: "Foi ótimo para a minha carreira ter participado de uma obra-prima absolutamente fascinante para o público. É um dos meus trabalhos mais comentados até hoje. Sempre que falam da minha carreira ao longo de mais de 60 anos lá está, com destaque, 'O Clone'", frisou.

O veterano também falou das lembranças que tem das gravações: "A principal lembrança é exatamente os bastidores da novela. Nunca tinha me envolvido num trabalho com participantes tão solidários. Nos tornamos uma família, um grupo de amigos empenhados no sucesso de todos. Estreitei amizades que já tinha e fiz novas que permaneceram para sempre. Nossa viagem ao Egito também foi um acontecimento que ficou marcado em minha memória", recordou.