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Moraes Moreira: Família não divulgará local de velório e data de sepultamento por causa de coronavírus

Cantor faleceu nesta segunda-feira (13/06) após sofrer um infarto agudo do miocárdio

Moraes Moreira faleceu aos 72 anos, em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação
Moraes Moreira faleceu aos 72 anos, em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação

Redação Publicado em 13/04/2020, às 14h02

A família do cantor e compositor Moraes Moreira decidiu não divulgar o local do velório e a data do sepultamento do artista por causa da pandemia do novo coronavírus.

Segundo explicou a assessora de imprensa Gilda Mattoso, a decisão foi tomada em respeito à recomendação feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para que as pessoas fiquem em casa, ação preventiva mais efetiva até o momento usada para conter o o avanço do novo coronavírus no país:

“A família, em respeito ao momento de coronavírus, não vai divulgar nem hora nem local do velório e sepultamento. A família pede que quem quiser homenagear o Moraes que siga ouvindo a obra dele”, explicou.

Ainda segundo a porta-voz, Moraes Moreira faleceu em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro, por volta das 6 horas da manhã, após sofrer um Infarto Agudo do Miocárdio. O cantor tinha 72 anos e foi encontrado por uma funcionaria da casa já sem vida.

“Ele faleceu às 6 horas da manhã, na casa dele, na Gávea, no Rio de Janeiro, de Infarto Agudo do Miocárdio. Ele estava sozinho e foi encontrado depois pela funcionária do lar, que chegou para trabalhar”, informou.

O eterno novo baiano

Juntamente com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, Moraes Moreira criou os Novos Baianos e fez o maior sucesso com o grupo de 1969 até 1975. Depois investiu em carreira solo e lançou mais de 20 discos.

Moraes Moreira é um dos compositores mais importantes da MPB e dono de muitas canções que marcarem época e a cultura nacional, incluindo Sintonia e Pombo Correio.

Seu último show ganhou o nome de Elogio à Inveja. Nele, o cantor interpretou as canções que gostaria de ter composto, como Quem Há de Dizer, de Lupicínio Rodrigues.

Em março, já cumprindo quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus, ele escreveu um cordel de esconjuro ao coronavírus.

"Eu temo o coronavírus / E zelo por minha vida / Mas tenho medo de tiros / Também de bala perdida, / A nossa fé é a vacina / O professor que me ensina / É a minha própria lida", diz o primeiro trecho do trabalho.

Ícone do carnaval de Salvador, ele é considerado o primeiro cantor de trio-elétrico da história. Uma de suas músicas mais conhecidas é Preta Pretinha, considerada um clássico da música popular brasileira. Ele cantou a canção no reencontro dos Novos Baianos, realizado em 2017. 

Na web, a notícia da morte Moraes Moreira caiu como uma bomba.