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Lucas Veloso recorda tempos difíceis após a morte de seu pai, Shaolin: "A saudade não vai embora"

Lucas Veloso falou sobre a morte de seu pai, o humorista Shaolin, e sobre como lidou com o luto

Imagem Lucas Veloso recorda tempos difíceis após a morte de seu pai, Shaolin: "A saudade não vai embora"

Redação Publicado em 10/02/2022, às 11h17

Lucas Veloso falou abertamente sobre os momentos difíceis que viveu após a morte de seu pai, o humorista Shaolin, vítima de uma parada cardiorrespiratória em janeiro de 2016.

O assunto veio à tona durante uma live com o psiquiatra Ervin Cotrik e o atleta Thiago Pereira na noite de quarta-feira (09/02). O apresentador, humorista e ator de 25 anos relembrou o sofrimento que passou depois que Shaolin sofreu um acidente de carro e ficou acamado durante cinco anos antes de falecer.

"Eu tinha 14 anos quando ele sofreu o acidente e 19 quando ele morreu. Eu tive que 'assumir' esse lugar de pai", começou Lucas, que lembrou que precisou lidar com as comparações entre ele e o humorista. "As pessoas me comparavam, desafiavam, me colocavam para baixo. Chegou o momento de fazer a novela 'Velho Chico' e foi um teste. Ali as pessoas pararam de ver o filho de Shaolin", afirmou.

Durante a gravação da novela, ele se concentrou no personagem, mas assim que terminou o trabalho, precisou lidar com o luto. "Eu estava gravando, fui obrigado a pegar o tijolo que é o luto e engolir sem água e nem nada. E criei um personagem, um universo perfeito, tudo ia bem e eu amava viver naquele universo do personagem. Eu passei a gostar mais dele do que de quando era eu. Eu falava como ele, comia como ele e isso me alimentou e me salvou por 14 meses, que foi o tempo que durou a novela. Depois, quando acabou, ninguém precisava mais do Lucas e eu fiquei só com ele e eu precisava voltar a virar a chave, a ser eu", recordou.

"Isso sou eu, eu consegui amar essas dores, as minhas dores. Elas não foram embora, a saudade não vai embora, mas você aprende a conviver. A presença da saudade também é uma presença, então eu me permito sangrar em alguns momentos. Eu costumo beber em casa, ouço uma música, lembro dele e choro. Tenho uma ferida que nunca vai parar de sangrar, mas eu aprendi a amar ela. Se eu ficasse engolindo ela como eu fazia, eu me sentia vazio, gostava mais do personagem do que de mim. Não sei o que seria na minha vida se não tivesse aquele personagem, mas hoje eu me permito sangrar. Eu entendi isso", frisou na sequência.