Apresentadora falou sobre cobranças no início da carreira

Redação Publicado em 18/11/2025, às 16h17
A apresentadora Fernanda Lima, de 48 anos, contou que sofreu bastante no início da carreira de modelo — quando tinha 14 anos — por conta das críticas à aparência e a pressão estética.
Durante uma participação no podcast DesNécessaire, apresentado por Vanessa Rozan, ela contou que foi considerada “fora do padrão”, e isso rendeu muita cobrança:
“Não ganhava quase nada, porque era um cachê baratinho, mas ali aprendi o ofício: a ter disciplina, cuidar da pele, do corpo… eu era sempre mais ‘corpãozuda’. Eu era sempre mais esportista para o padrão, não era magrela que nem as meninas, por isso fazia nova [risos]”, explicou.
Fernanda acrescentou: “Eu fugia um pouco do padrão. Não gostava muito, porque achava que estava meio errada ali e também sempre tinha comentários [do tipo:] ‘Está gorda!’. Comentavam que eu estava gorda, e eu não estava”, continuou.
Durante o bate-papo, a artista também falou sobre uma viagem que fez ao Japão, aos 15 anos, e não conseguiu trabalho por conta da cicatriz que tinha na testa.
“Chegava nos castings, eles pegavam o meu book, me olhavam e todos faziam assim [apontando para a testa], porque tenho uma cicatriz. Eu ia embora e nada de trabalho”, lamentou.
“Fui entendendo que tinha o lance da minha cicatriz, e para eles tinha que ser aquela cara de Ana Paula Arósio: simétrica. Ela tem um rosto simétrico, se você recortar ao meio [vai perceber que] os dois lados são idênticos. É difícil, e os japoneses são muito ‘cri cri’ nesse lugar. Não era muito para mim, então comecei a me alimentar mal e fui engordando”, lembrou.
Ao falar sobre etarismo, Fernanda Lima contou que “ainda não sofre” por conta da aparência, mas sabe que está envelhecendo:
“Acho que não deve ser fácil [envelhecer]. Ainda não estou sofrendo com a minha aparência, apesar de ver que estou envelhecendo. Está tudo certo”, garantiu.
“Mas acho que um dia vou me olhar em um vídeo e falar: ‘Nossa, agora eu envelheci. Agora estou me vendo realmente muito diferente’. Sinto mais constrangimento pelas pessoas. Parece que não querem que a gente envelheça. Vejo que tem uma alegria de ver que alguém está conseguindo se manter [jovem], e é uma frustração, porque sei que daqui a um tempo vai bater [o envelhecimento]. Quando tiver com 60, não vou ter essa cara de 48. Vou ter cara de uma mulher de 60. Sei que vou sentir pelos outros”, finalizou.