Atriz relembrou a personagem Carmela, que interpretou na trama, e falou sobre sua relação com o nome "diferente"
Redação Publicado em 12/01/2021, às 07h23
Chandelly Braz deu uma entrevista para a coluna de Patrícia Kogut, de O Globo, publicada nesta terça-feira (12/01). No papo, ela relembrou sua personagem em "Haja Coração", atualmente sendo reprisada pela Globo, e também falou sobre a peculiaridade de seu nome -- e o bullying que sofreu por causa dele.
Sobre a novela, onde interpretou Carmela, Chandelly disse gostar de rever a trama. "Assistir à novela agora com ela pronta é mais gostoso. Não há aquela responsabilidade nem aquele olhar crítico de gravar e logo em seguida ver uma cena no ar e pensar se poderia ter feito melhor", explicou.
"Ao mesmo tempo, como o nosso olhar vai se transformando, é natural pensar que algumas coisas, como a maneira de receber o personagem, por exemplo, poderia ter sido diferente", frisou na sequência.
Recentemente, foi ao ar uma cena em que Carmela passa álcool em gel nas mãos e nos braços ao sair de um ônibus. Ela repostou a sequência em suas redes sociais, ressignificando aquele momento no presente por causa da pandemia do novo coronavírus.
"Por se tratar de uma novela das 19h, esse tom de comédia já aparecia nas cenas. E eu, que sou meio 'bagacenta', adoro fazer graça, levo com gosto. Para mim é um prato cheio quando há espaço para o humor", comentou ela, que trabalha atualmente em uma peça online inspirada em "Antígona".
Chandelly prosseguiu: "De uma maneira geral, por mais séria que seja uma trama, os vilões ganham essa abertura para fazerem o que quiserem. Eles têm uma liberdade muito grande. Para mim, foi uma diversão. E eu estava muito bem acompanhada em cena. Marisa (Orth) sabe fazer rir como ninguém. E tive a parceria do Jayminho (Matarazzo), da Sabrina Petraglia", destacou.
A respeito de seu nome, Chandelly contou que nasceu em uma época onde a moda era colocar nomes diferentes nos filhos. "Eu tenho três irmãos: João, de 19 anos, e dois mais velhos: Naraiana e Rondinelli. A gente é bem próximo. Quando o caçula chegou, já tinha passado essa fase de nomes esquisitos", riu a atriz, que está longe das novelas desde "Orgulho e Paixão", de 2018.
"Eu fui a que mais sofreu com a coisa das brincadeiras na escola, por mais diferentes que os nomes deles sejam. No meu caso, tinha uma sobremesa com o meu nome. Então, no colégio eu ouvia muita coisa", lembrou.
Chandelly até tentou ter um nome artístico. "No início da carreira artística, cheguei a tentar usar meu segundo nome, Paloma. Mas fui desmascarada! Aí logo entendi que tinha que ser Chandelly mesmo. Ia ter que passar pelas piadas, por tudo", comentou.
"E aconteceu que, por conta de o teatro ser um lugar em que todo mundo aceita tudo e não se leva tão a sério, passei a não dar tanta importância a isso. 'Tudo bem ser Chandelly'. Quando a gente vai ficando velho, coisas assim deixam de ser tão importantes", finalizou.
COLUNISTAS
Danni Cardillo
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