Jornalista voltou a fazer reportagens na rua após um ano de pandemia
Redação Publicado em 22/06/2021, às 20h29
A pandemia de coronavírus afetou a rotina pessoal e profissional de milhares de pessoas. Para um repórter como Caco Barcellos, acostumado à apuração no foco da notícia há quase 40 anos, produzir jornalismo de casa por 14 meses foi um desafio inédito.
No Profissão Repórter de hoje (22/06), ele está de volta às reportagens de rua, já vacinado contra a covid-19 e após cumprir todos os protocolos de segurança, em uma das edições especiais que celebram os 15 anos do programa.
"A sensação é maravilhosa. Foi muito sofrido ficar em casa durante esse período. Tive o privilégio da possibilidade de me proteger na segurança do meu lar. Busquei me adaptar e continuei trabalhando de casa, acompanhando as equipes remotamente", explicou o jornalista ao falar sobre o período em casa.
Ele prosseguiu: "Foi um trabalho colaborativo com outros repórteres. Antes da pandemia, discutíamos quase diariamente sobre a elaboração das pautas, e isso continuou. Mas invés da sala de reunião, estava na minha casa. Com o suporte da Globo, montei um estúdio com iluminação apropriada e um cenário elaborado dentro de um quarto".
"Desde 1973 eu estava na rua fazendo entrevistas. Foi estranho esse ‘novo normal’. Estávamos e ainda estamos vivendo, do ponto de vista jornalístico, o maior acontecimento do século. Sempre acompanhei tudo e me vi obrigado ficar em casa. A volta certamente é maravilhosa", comemorou.
Sobre o trabalho remoto, Caco contou que contou com a ajuda da tecnologia para conseguir se manter ativo. "Me permitiu ter acesso ágil a repórteres, à equipe do programa e aos entrevistados. O Profissão Repórter não foi exibido em 2020 para dar espaço ao factual, mas continuamos trabalhando ativamente", explicou.
"Fui buscar contextos, estudos, pesquisas, passei a usar as fontes não humanas, livros e internet, para conhecer diferentes percepções sobre os mais variados assuntos. Aproveitei também para ler, porque tinha deixado acumular alguns livros. Li bastante material de repórteres dos séculos XVIII e XIX, que não tinham câmeras e tecnologias como hoje. Tudo se baseava 100% em textos escritos magistralmente", acrescentou.
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