Correspondências mostram que Bruce Lee usava drogas como cocaína, LSD e maconha
Redação Publicado em 09/07/2021, às 11h31
Bruce Lee ficou famoso na década de 70 por seu talento nas artes marciais, que conseguiu reproduzir no cinema com sucesso em vários filmes. No entanto, na vida privada ele atravessava um período de vício em drogas sem que ninguém soubesse.
A revelação foi feita nesta semana pelo jornal britânico The Times, que publicou uma série de cartas trocadas pelo ator com seu amigo, o também ator Robert Baker.
As correspondências foram descobertas em um mercado de pulgas e vão ser leiloadas nos Estados Unidos. O lance inicial é de 160 mil dólares (841 mil reais em cotação atual).
Nas cartas, o astro aparece confessando que consumia cocaína, LSD e maconha com frequência. O uso das substâncias começaram a aparecer nos últimos quatro anos de sua vida -- Lee morreu em 20 de julho 1973, aos 32 anos.
Um relatório oficial afirmou que a causa da morte do ator foi um edema cerebral, como consequência possível da reação de um remédio para tratar dor de cabeça. Fãs de Lee consideram a morte do astro suspeita até os dias atuais.
Há muitos anos, corria o boato em Hollywood que o artista era usuário de drogas, mas as suspeitas nunca haviam sido provadas até agora, além de serem veementemente negadas por sua família e seu espólio. O surgimento das cartas prova a teoria.
"Bruce Lee é o artista marcial mais influente de todos os tempos e um ícone da cultura pop do século 20, e essas cartas mostram que ele manteve um segredo explosivo", disse um porta-voz da Heritage Auctions, responsável pelo leilão das cartas em comunicado publicado pelo The Sun.
Em uma das cartas, escrita em 1972, Lee pediu a Baker para enviar "uma grande quantidade de cocaína". Em outra, ele assumiu estar "chapado pra caramba", mas afirmou que a droga o ajudaria a se preparar para um novo trabalho nas telas.
Uma outra carta, dessa vez escrita por Linda Emery, viúva de Lee, sugeriu que o ator pedia por mais drogas durante as gravações de Operação Dragão, um de seus maiores clássicos. Em 14 de abril de 1973, ela escreveu: "Não se preocupe quanto a Bruce usar a C – ele não está exagerando".
A família do artista e os representantes de seu espólio não fizeram comentários sobre as cartas reveladas.
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