A DJ contou em entrevista para Quem o drama que passou na época em que chegou à Cidade Maravilhosa
Redação Publicado em 28/10/2020, às 09h45
A DJ Bárbara Labres contou, em entrevista para a Quem publicada nesta quarta-feira (28/10), que sofreu assédio quando se mudou para o Rio de Janeiro.
Ela, que é natural de Lajeado, no Rio Grande do Sul, mudou-se para a capital carioca quando tinha 19 anos de idade. No papo, ela disse que um homem mais velho que tentou se aproveitar de um momento de fragilidade seu.
"Ele me elogiou e falou com a minha mãe ao telefone e se responsabilizou pela mudança. Depois de duas semanas no Rio, ele me colocou contra a parede e tentou me agarrar dentro da casa dele. Eu chorava todo dia de saudade da minha família e reforcei que estava aqui para trabalhar. Se fosse para ficar de p*taria, eu ficaria na minha cidade na aba dos meus pais. Logo depois, ele não forçou nada e me 'respeitou'", afirmou a artista, de 26 anos.
No entanto, o mesmo homem tentou forçá-la a trabalhar com ele. "Ele queria que eu assinasse contrato e eu disse que não iria porque já tinha visto a forma que ele tratava as pessoas, e não era o que eu queria para mim. Eles disse ‘se você não trabalhar com a gente, não trabalha com ninguém porque a gente manda no Rio de Janeiro’. Falei ‘Você vai ver’. Ralei para caramba e consegui chegar onde estou", comemorou.
O reencontro com o homem aconteceu em 2019, durante o Rock in Rio. "Trombei com ele. Me deu muita raiva, respirei fundo, mas eu sou grata porque se não fosse ele eu não teria saído de casa e conseguido tudo que consegui. Nunca fui deslumbrada. Sempre quis ter as coisas com meu trabalho, porque o que é meu ninguém tira", frisou.
Bárbara contou ainda que chegou ao Rio praticamente sem nada. "Sou do interiorzão. Quando cheguei no Rio e vi tanto prédio, tanta gente, me assustei com a realidade e com a cidade. O custo de vida é muito maior. Vim com uma mochila e R$ 800", destacou.
"Passei perrengue por muito tempo. Fiquei dois anos dormindo no chão. Guardava dinheiro para pagar o aluguel, depois pensava em comer. Já estou aqui há seis anos. Eu não tinha plano de saúde. Peguei dengue e um taxista me levou para um posto de saúde na cidade de Deus. Pensava em desistir, em voltar para a minha família porque me sentia amparada. Foi aí que a Globo me chamou para tocar na final do The Voice Kids e tudo mudou", relembrou.
Ela relembrou ainda como foi chamada pelo produtor do reality da Globo. "Aconteceu como era pra ser. Nasci para isso. Toquei numa boate gay e tirei foto com o ganhador do reality, Sam Alves. Foi quando os produtores me descobriram. Eu queria muito estar na TV e quando fiz o Central da Copa senti como era. Voltava para casa chorando todos os dias porque via a pressão, as pessoas estavam começando a me conhecer. Tiago Leifert me ajudou muito nesse momentos", contou.
Questionada se sua beleza atrapalha a nível profissional, Bárbara foi sincera: "Beleza tem os dois lados. As pessoas te compram pela beleza, mas não adianta ser só bonita, porque não te chamam de novo. Sempre tive que provar que sou boa no que faço. Também tem muito preconceito de 'é só um rostinho bonito'. Não, cara. Eu trabalho para caramba. Tem tanta gente que é bonita é não deu certo", finalizou.