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Alicia Vikander diz entender críticas a Eddie Redmayne em "A Garota Dinamarquesa"

Alícia Vikander refletiu sobre a não-escolha de ator trans para o papel no filme de 2016

Eddie Redmayne interpretou uma mulher trans em A Garota Dinamarquesa - Foto: Reprodução / Universal Pictures
Eddie Redmayne interpretou uma mulher trans em A Garota Dinamarquesa - Foto: Reprodução / Universal Pictures

Redação Publicado em 03/08/2021, às 17h48

Alicia Vikander comentou sobre a polêmica escalação de Eddie Redmayne no filme A Garota Dinamarquesa, de 2015, onde ele interpretou Lili Eibe, uma das primeiras transexuais da História a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo.

Em entrevista ao site Insider, Vikander -- que ganhou um Oscar por seu trabalho no filme -- disse entender as críticas que o filme sofre até hoje sobre a escalação do ator, que muitos dizem que deveria ter sido intepretado por um ator transexual como a personagem da vida real.

“Eu entendo totalmente as críticas que estão por aí, porque precisamos fazer mudanças e ter certeza de que homens e mulheres trans de fato entrem em ação e consigam trabalho”, disse a atriz, refletindo sobre a falta de oportunidades para atores e atrizes trans no showbiz.

Ainda assim, Vikander disse que as filmagens foram "uma experiência de aprendizado" e não deixou de elogiar a atuação de Redmayne, que também foi indicado ao Oscar pelo filme, mas perdeu a estatueta para Leonardo DiCaprio.

"Minha única preocupação é que possamos chegar a um ponto no qual tenhamos mulheres e homens trans interpretando personagens cis. Porque isso é o principal, sabe?", pontuou ela na sequência.

Na época do lançamento do filme, Tom Hooper, diretor do filme, explicou a opção por Redmayne em detrimento de um ator ou atriz trans. Segundo ele, o ator era sua primeira opção para a história, e revelou que ele tinha interpretado papéis de menina na escola e se "sentia atraído pelo feminino".

"Ele era um jovem ator que tinha um corpo de trabalho de onde poderia partir. O gênero está em um espectro e eu simplesmente senti que ele se sentou em um lugar interessante nesse espectro", pontuou Hooper ao site Slate.

Ele prosseguiu: "Eu estava aberto para a ideia de uma mulher no papel, eu estava aberto para a ideia de um ator trans no papel; eu só tinha um instinto muito forte de que Eddie -- por causa de todas as coisas que eu disse sobre seu relacionamento com seu lado feminino --, de que havia algo muito interessante sobre dar a ele a oportunidade de realmente explorar isso".