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Aiane Freitas conta que já sofreu xenofobia por ser do Nordeste: "Me chamavam de roceira"

Aiane Freitas exalta a mulher nordestina e acredita que o espaço dado a elas deve ser maior

Aiane Freitas em ensaio fotográfico; modelo diz ter sido vítima de xenofobia - Foto: Reprodução / Trumpas
Aiane Freitas em ensaio fotográfico; modelo diz ter sido vítima de xenofobia - Foto: Reprodução / Trumpas

Redação Publicado em 26/08/2021, às 17h28

Nascida em Irecê, cidade com cerca de 73 mil habitantes no interior da Bahia, Aiane Freitas batalhou para conseguir fazer sucesso como influenciadora e modelo. No Instagram, acumula 1,6 milhão de seguidores. Já como modelo, fez trabalhos na Europa e campanhas para grandes marcas.

Mas antes de conquistar seu espaço, ela teve que lidar com o preconceito por ser nordestina.

"Por conta do meu sotaque, eles me chamavam de roceira, principalmente quando fui morar em São Paulo. Eu sou baiana e lá na capital paulista existe muito preconceito. Eles usavam várias gírias, como ‘isso é coisa de baiano’, ‘que baianice’, ‘só podia ser baiano’", conta.

Influenciada pelo preconceito das pessoas, Aiane até tentou perder o sotaque em busca de novas oportunidades.

"Muitas vezes me peguei tentando mudar, falar diferente, porque eu sofria preconceito. Diziam que meu sotaque era horrível. Cheguei a acreditar nisso e pensava que precisava mudar pra me encaixar nos padrões. Foi uma fase infeliz, porque não era eu. Depois vi que o melhor caminho era ser eu mesma. Me tornei orgulhosa por ser quem sou, com meu sotaque, minhas origens e uma história incrível", pondera.

Apesar de ter passado por esses episódios, em nenhum momento a modelo deixou de se orgulhar de suas origens.

"Sinto muito orgulho da minha história: uma menina que veio do interior, de família humilde, para conquistar seu espaço e realizar os seus sonhos. Percorri um longo caminho até chegar aqui", afirma.

Por isso, acredita que o espaço dado às mulheres nordestinas deve ser muito maior. "O Nordeste tem muitas mulheres incríveis e talentosas. Elas merecem todo o reconhecimento", acrescenta.