Rafael Ilha ao lado do filho Kauan, da apresentadora Sônia Abrão, da filha Laura e da mulher Aline - Foto: Reprodução/ Instagram O cantor Rafael Ilha resolveu
Redação Publicado em 18/08/2015, às 12h50 - Atualizado às 12h58
O cantor Rafael Ilha resolveu abrir o sua intimidade e contar os perrengues pelos quais passou na biografia As pedras do meu caminho, que chega às livrarias no dia 25 de agosto.
Escrito pela jornalista e apresentadora Sônia Abrão — com orelhas escritas pelo apresentador Fausto Silva e o prefácio por Gugu Liberato —, o livro promete revelar detalhes polêmicos dos 42 anos de vida do ex-Polegar.
O artista relembrou alguns momentos tensos que estão no livro, incluindo a censura por parte da família, tentativa de suicídio — quando cortou o próprio pescoço usando um caco de vidro, enquanto descia de elevador —, os treze anos em que viveu sob o vício do crack, e a nova vida ao lado da mulher Aline Kezh da filha Laura e do filho Kauan, de 11 anos.
“Eu vivi intensamente. Era um cara impulsivo, hoje em dia não sou tanto. O que eu queria fazer eu fiz. Não me arrependo de nada do que fiz. Nem das drogas. Ou melhor, me arrependo de uma coisa só: de ter perdido tanto tempo como escravo do crack. Dinheiro, trabalho, tudo isso você corre atrás e retoma. O tempo perdido não volta mais”, revelou ao site Ego.
A apresentação do livro dá uma prévia de como a história é tensa.
“Dentro do elevador do edifício em que morava sua avó, Rafael Ilha só ouvia os próprios gritos. Não havia o que negociar. Não aguentava mais, não queria mais, vida sem sentido, vazio, fúria. Com um caco de vidro pontiagudo encostado no pescoço, ameaçava um ponto final. E foi mais rápido que os apelos dos socorristas: abriu um corte no pescoço, da nuca até o lado esquerdo.
Assim começa o livro Rafael Ilha: as pedras do meu caminho (selo Escrituras), escrito pela jornalista Sonia Abrão, que traz a trajetória pessoal e profissional do ex-integrante do grupo Polegar, sucesso musical dos anos 1990. As orelhas do livro foram escritas pelo apresentador Fausto Silva e o prefácio por Gugu Liberato.
Rafael Ilha Alves Pereira nasceu em 7 de março de 1973, prematuro de oito meses, num final de tarde ensolarado no Rio de Janeiro. No Hospital da Lagoa, Sylvia Vieira de Mello, de apenas 18 anos, acabava de se tornar, assumidamente, mãe solteira. O menino não conheceu o pai biológico, mas teve em Luiz Felipe Ilha Alves aquele que lhe deu o sobrenome e o amor de um verdadeiro pai: “Ele era só um rapaz de 19 anos e eu um bebê de dois meses, quando começou a namorar minha mãe. Me adotou de cara! Três meses depois, já estava registrado em cartório como seu filho”, conta Rafael, que foi criado como todo garoto de classe média, com conforto, mas sem luxo. E teve uma infância feliz: “Era muito futebol na praia, muito banho de mar, adorava pegar onda – que a gente chamava de ‘jacaré’ -, andava de patins, de bicicleta, fazia passeios a cavalo, brincava o tempo todo. Também curtia viajar com a família para Teresópolis, Rio das Ostras, Búzios e por todo o Nordeste. Enfim, tinha uma vida saudável!”
Mas, poucos anos depois, dos holofotes comuns a toda celebridade passou a manchete das páginas policiais, foi preso e algemaram sua alma! Fundo do poço, depressão, preconceito, perseguição. Só chão duro para deitar, choro seco de frio e beber pra esquecer tudo! Internado pela primeira vez aos 15 anos de idade, o jovem Rafael lutou contra toda espécie de drogas e de uma vida não vivida.
Quarenta anos de existência e uma pausa para analisar sua trajetória e as boas e más escolhas. Este é o objetivo do livro “Rafael Ilha: as pedras do meu caminho”: mostrar que há saída, sempre, dedicando cada página desta biografia aos filhos Kauan e Laura, que nasceu em 2015.
“Meu nome é Rafael Ilha Alves Pereira, estou na casa dos 40 anos, tempo de um balanço de vida. Para os que achavam que já conheciam minha história, fica aqui o que nunca foi contado! O que deixei guardado no sótão. Entre o sucesso e a dor, a angústia e o vício, a música e a marginalidade, entre o amor e o crack, o microfone e um fuzil, o auditório e o morro, os fãs e os traficantes, entre ser ídolo e bandido, eu me perdi.”
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