Inescrupulosa e sorrateira, Josiane, personagem de Agatha Moreira, certamente ganhou um lugar na lista das vilãs mais odiadas das novelas...
Redação Publicado em 22/11/2019, às 08h56
Inescrupulosa e sorrateira, Josiane, personagem de Agatha Moreira, certamente ganhou um lugar na lista das vilãs mais odiadas das novelas.
Sucesso de público e crítica, a megera se mostrou capaz de tudo por dinheiro. Já na reta final, parece ter encontrado na religião a saída para sua “purificação”.
Ao falar sobre a personagem, Agatha contou que pediu a Walcyr Carrasco, o autor do folhetim, que a personagem fosse vilã até o final da história:
“Meu desejo era que ela fosse má até o fim, continuasse vilã até o capítulo final. Mas, entre o meu desejo e o que o Walcyr prefere, não sei o que vai ficar. As pessoas que assistem à novela ainda estão divididas. Depois da cena do pedido de perdão a Maria da Paz (Juliana Paes), muita gente desconfia se ela realmente vai se regenerar. Nas últimas cenas, ela encontra o grupo de missionários (que tem Mateus Solano como Joziel e Régis, Reynaldo Gianecchini, como fiéis), mas tudo pode acontecer com esses dois envolvidos”, revelou ela.
À coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a atriz contou que a prisão da personagem, já na reta final da novela, a fez olhar para Josiane de um jeito mais sensível:
“Nunca acho que as pessoas são 100% uma coisa só. Todos têm diversos lados dentro de si. A fé pode transformar as pessoas ou não. Gravar as cenas no presídio me fez olhar para esta etapa da vida de Josiane de uma maneira mais sensível. O dia a dia na prisão não foi fácil. E eu pude experimentar um pouco do que é aquilo, de como são as celas, a limpeza, como tem tanta gente num lugar só… Por isso, acredito que ela pagou e sofreu as consequências de tudo o que fez”, contou.
Comparada à Suzane Von Richthofen na web, Agatha explicou que a história da personagem não teve nenhuma inspiração na caso que aconteceu na vida real:
“Apesar de distante, dentro da história, elas têm uma semelhança: Josiane não teve empatia nem compaixão perante a mãe. Acho que esse foi o mesmo caso da Suzane, num nível mais grave. Mas na novela a gente não fez nenhuma ligação com esse crime”, opinou.
A personagem, segundo Agatha, a fez perder o sono e ter muitas horas de noites mal dormidas:
“Tive noites mal dormidas por causa dos horários apertados. Ao chegar em casa tarde, ainda tinha que estudar e decorar texto. E também jantar, tomar banho, viver. Se é difícil a gente conseguir equilibrar nossa própria vida, imagina equilibrar as vidas de duas pessoas. Eu tive que me esforçar para chegar à energia dela. Jô é muito diferente de mim. Eu sou calma, tranquila; enquanto ela vivia ligada nos 220 volts, sempre brigando com alguém, arrumando confusão. Agora no fim, fiquei com uma certa ansiedade para ver as últimas sequências. E, mesmo exausta, eu penso: ‘Que bom! Vai acabar’. Mas logo em seguida vem o sentimento de luto, um vazio, um buraco no coração”, completou.
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