Rodrigo Westermann, modelo de 29 anos, é sobrinho-neto de ninguém menos que o pastor Silas Malafaia, uma das figuras mais controversas da atualidade.
Redação Publicado em 20/10/2019, às 13h50 - Atualizado às 13h51
Rodrigo Westermann, 29 anos, é sobrinho-neto de ninguém menos que o pastor Silas Malafaia, uma das figuras mais controversas da atualidade por conta de sua militância contra o público LGBT.
O modelo, que é homossexual, está de casamento marcado com Leandro Buenno, que participou do programa The Voice Brasil, da TV Globo. Os dois vão trocar alianças no dia 21 de março, em uma cerimônia íntima que vai acontecer em uma fazenda ainda não divulgada pelo casal. Rodrigo já avisou que não vai convidar sua família para presenciar a união.
E ele tem motivos fortes para isso. Antes de conseguir viver plenamente a sua sexualidade, ele precisou escondê-la de seus parentes, que são considerados tradicionais no mundo evangélico.
“Frequentei igreja a vida inteira. Quando descobriram que sou gay, foi um terror psicológico. Me levaram a um terapeuta evangélico. Prometi que iria mudar. Não havia saída, eu tinha só 15 anos. Não tinha autonomia. Precisava obedecer ou ficaria de castigo. Arrumava até namorada de mentira. Só assumi realmente aos 20 porque não aguentava mais. Falei ‘ou vocês têm um filho gay, ou não têm mais um filho’. Aceitaram, mas com algumas ressalvas”, contou Rodrigo em entrevista para o jornal Extra, veiculada neste domingo (20/10).
O modelo afirma também que as atitudes de sua família para com o público homossexual afetam seu noivo. “A minha verdade vai contra o evangelho. Então, é bem complicado eu manter uma amizade com eles porque não aceitam nada que eu faço. Independentemente de caráter, para eles, eu e Leandro somos muito errados em tudo”, declarou.
“Vivo minha vida, tenho meus sonhos e pago minhas contas. Não preciso provar nada para ninguém, mas parece que eu sempre tenho um saldo negativo por causa da religião”, desabafou.
Mesmo com esse problema aparentemente intransponível, Rodrigo tenta manter um clima cordial com seus parentes. “Lê sempre me apoia e quer eu fique bem. Mas, geralmente, se eu brigo e explodo, acaba pedindo para eu me acalmar. Ele sabe que eu já fiquei quieto a vida inteira. Fico nesse equilíbrio entre manter a paz e não calar a boca aceitando tudo o que os outros impõem”, comentou.
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