Adele em seu ensaio para a Vanity fair - Foto: Tom Munro/ Vanity Fair Destaque da edição de dezembro da Vanity Fair, Adele abriu o coração e falou abertamente
Redação Publicado em 31/10/2016, às 18h31 - Atualizado às 18h35
Destaque da edição de dezembro da Vanity Fair, Adele abriu o coração e falou abertamente sobre a depressão pós-parto que sofreu após o nascimento do filho, Angelo.
“Eu tive depressão pós-parto mesmo, e isso me assustou bastante. Acabei não tomando antidepressivos, mas também mantive isso em segredo, e não falei sobre para ninguém. Estava muito relutante. Meu namorado dizia que eu devia falar com outras mulheres grávidas e eu respondia ‘dane-se, não vou sair com um bando de mamães’”, revelou Adele.
À publicação, a cantora contou acabou conversando com outras mamães:
“Sem perceber, lá estava eu indo em direção às grávidas e às mulheres com bebês. Descobri que elas são mais pacientes”, contou.
O relato seguiu com a cantora dizendo que se sentia fora de contexto na maternidade, e que sentiu ter tomado a pior decisão de sua vida:
“Meu conhecimento sobre depressão pós-parto ou pós-natal, como chamamos na Inglaterra, é que você não quer ficar com seu filho, você tem medo de machucá-lo, medo de não fazer direito”, contou a artista.
“Eu estava obcecada pelo meu filho. Eu me sentia muito fora de contexto, sentia que tinha tomado a pior decisão da minha vida”, relembrou.
No final, Adele acabou descobrindo que o sentimento fazia parte da vida de outras grávidas, amigas que sentiam as mesmas coisas, que não comentavam por vergonha:
“Um dia, falei ‘vou me dar uma tarde qualquer para fazer o que eu quiser sem meu bebê’. Um amigo me disse ‘sério? Não vai se sentir mal?’. Eu falei que sim, mas não tão mal quanto se eu não fizesse isso. Quatro amigas se sentiam da mesma maneira, e todas se sentiram envergonhadas de falar sobre isso. Tinham medo que pensassem que eram mães ruins”, completou.
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